O Botafogo teve 6 treinadores diferentes ao longo da temporada 2020, inegavelmente um dos principais fatores que levaram o time ao terceiro rebaixamento de sua história, selado hoje (05), após derrota para o Sport, em pleno Nilton Santos. Sem acreditar de fato no trabalho de algum deles, e com uma pressão muito grande pela conquista de resultados em um tempo muito curto, o clube assinou algumas demissões que custaram caro.
O Glorioso iniciou o ano com Alberto Valentim, contratado em outubro de 2019, e depois de um trabalho interessante, foi mantido pela diretoria. Escolha que pouco tempo depois foi reconhecida como um erro, e o técnico foi demitido após a derrota de 3×0 para o Fluminense, no dia 9 de fevereiro, pela última rodada da Taça Guanabara, competição na qual o Alvinegro nem chegou às semifinais.
Após a saída do primeiro professor do ano, o clube repatriou um dos maiores treinadores de sua história, Paulo Autuori, que chegou no dia 12 de fevereiro. Foi o técnico que durou mais tempo no comando da equipe, já que foi demitido no dia 1º de outubro, após 21 jogos. Ele teve o trabalho mais consistente entre todos, mas a dificuldade de vencer, e uma sequência de resultados ruins custaram seu cargo após a 12ª rodada do Brasileirão.
Um dia após a saída do ídolo, o Botafogo decidiu apostar em uma solução caseira, e nomeou Bruno Lazaroni como técnico da equipe. O filho do grande treinador brasileiro Sebastião Lazaroni foi promovido das categorias de base do clube. No entanto, durou pouquíssimo no cargo, já que sua demissão foi anunciada dia 28 de outubro, após a derrota para o Cuiabá pela Copa do Brasil. Lazaroni continuou no clube como auxiliar técnico a convite da diretoria.
O Glorioso ficou um tempo procurando por um treinador após o desligamento de Lazaroni, e até que aparecesse um nome do agrado da diretoria, Flávio Tenius assumiu de forma interina. O treinador ficou pouco tempo no comando, apenas 10 dias.
Para ocupar de vez a vaga, o Botafogo foi atrás de um treinador argentino, com certa “grife” no mercado sul – americano, Ramón Diáz. Campão da libertadores de 1996 com o River Plate e ídolo do clube, além de ter passagem pela Seleção Paraguaia. Parecia ter a experiência necessária para mudar a situação da equipe de General Severiano.
No entanto, a contratação de Diáz foi um equívoco, já que o argentino tinha problemas médicos, e sua situação foi agravada, demorando mais para se recuperar do que o esperado pelo Botafogo. Diante das circunstâncias, ele não comandou o time nenhuma vez, apenas seu auxiliar, seu filho, Emiliano Diáz, esteve à frente do time em 3 oportunidades. E logo após isso, foram mandados embora também.
Após técnicos de perfis diferentes e muita inconsistência, o clube resolveu ir atrás de um velho conhecido, Eduardo Barroca, técnico da equipe principal no começo do Brasileirão de 2019, e campeão brasileiro sub-20. Mas a ideia acabou não dando muito certo, desde que chegou, no começo de dezembro, Barroca não conseguiu impor seu estilo de jogo, e foi grande responsável pela chegada e manutenção do time na última posição da competição.
Confira as estatísticas de cada treinador:
Alberto Valentim:
12/10/2019 a 09/02/2020
20 jogos
7 vitórias
2 empates
11 derrotas
38% de aproveitamento
Paulo Autuori:
12/02/2020 a 01/10/2020
21 jogos
6 vitórias
13 empates
2 derrotas
45% aproveitamento
Bruno Lazaroni:
01/10/2020 a 28/10/2020
6 jogos
2 vitórias
2 empates
2 derrotas
44% de aproveitamento
Flávio Tenius
29/10/2020 a 08/11/2020
3 jogos
2 empates
1 derrota
22% de aproveitamento
Ramón Diáz:
9/11/2020 a 27/11/2020
3 jogos
3 derrotas
0% de aproveitamento
Eduardo Barroca:
27/11/2020 a atualmente
13 jogos
1 vitória
1 empate
11 derrotas
10 % aproveitamento