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Clubes da Premier League vão votar pela abolição do VAR da competição

Árbitro no monitor. (Foto: Alex Grimm/Getty Images)

A votação da Premier League sobre o banimento ou não banimento do VAR irá acontecer no próximo dia 6.

Foto: Alex Grimm/Getty Images

Os clubes Premier League irão realizar uma votação em sua reunião anual de revisão no final de cada temporada, no próximo dia 6 de  junho,  essa eleição irá decidir se a liga irá abolir ou não o uso do Árbitro Assistente de Vídeo (VAR) na próxima temporada. A informação é do jornalista inglês David Ornstein do site “The Athletic”.

O VAR tem sido usado na competição desde o ano de 2019, ajudando os árbitros ingleses a melhorarem suas decisões, no entanto a tecnologia gerou controvérsias com decisões erradas. Na atual temporada, muitos erros geraram críticas e levaram algumas equipes e torcedores a questionar a integridade da competição  por conta disso. 

A votação foi formalmente submetida pelo Wolverhampton Wanderers que pediu para o VAR ser abolido da competição para a próxima temporada, isso fará com que uma votação seja realizada, no dia 6 de junho, quando os representantes dos 20 clubes da competição irão se reunir. 

Por meio de um comunicado o Wolves afirmou que a movimentação veio após a equipe fazer uma “cuidadosa consideração” e que está na hora da liga ter um “debate construtivo e crítico sobre o seu futuro” usando o VAR. A decisão ainda foi confirmada por um porta-voz da Premier League. 

Para submeter o assunto para uma votação, os Lobos listaram uma série de precauções que na visão deles o VAR apresenta, veja abaixo: 

  • Impacto nas comemorações dos gols e na paixão espontânea que torna o futebol especial
  • Frustração e confusão dentro dos estádios devido às demoradas verificações do VAR e à má comunicação
  • Ambiente mais hostil com protestos, vaias ao hino da Premier League e gritos contra o VAR
  • Ultrapassagem do propósito original do VAR de corrigir erros claros e óbvios, agora analisando excessivamente as decisões subjetivas e comprometendo a fluidez e integridade do jogo
  • Diminuição da responsabilização dos árbitros em campo, devido à rede de segurança do VAR, levando a uma degradação da autoridade em campo
  • Erros contínuos apesar do VAR, com os torcedores incapazes de aceitar erros humanos após múltiplas visualizações e replays, prejudicando a confiança nos padrões de arbitragem
  • Interrupção do ritmo acelerado da Premier League com verificações demoradas do VAR e mais tempo adicional, fazendo com que as partidas sejam excessivamente longas
  • Discurso constante sobre as decisões do VAR, muitas vezes ofuscando a partida em si e manchando a reputação da liga
  • Erosão da confiança e da reputação, com o VAR alimentando alegações de corrupção completamente absurdas

A IFAB (Associação Internacional da direção do futebol), um órgão independente responsável pelas regras do esporte, afirma que VAR só pode ser usado para auxiliar o árbitro em eventos de “erro claro” ou em um quando ele tem um “erro sério”.

O VAR esteve envolvido em uma série de erros que geraram muitas reclamações nesta temporada. No primeiro turno, na vitória do Tottenham de 2 a 1 sobre o Liverpool, os Reds tiveram o gol de Luis Diaz anulado injustamente. Pouco tempo antes disso, Mikel Arteta, técnico do Arsenal reclamou da decisão de dar o gol da vitória do Newcastle  sobre os Gunners que aconteceu em um lance duvidoso.  

Suécia baniu o uso do VAR 

A Inglaterra não seria o primeiro país da Europa a banir o VAR, no último mês de abril, a Suécia virou o primeiro país do mundo a banir o uso do VAR, isso aconteceu após uma retaliação feita pelas torcidas do país. Torcedores de clubes que têm no mínimo 51 por cento de propriedade deles – motivaram a não implementação da tecnologia após o presidente da Federação Sueca de Futebol, Fredrik Reinfeldt, ter apoiado anteriormente a ideia.

Votação na Premier League

Todos os clubes da Premier League têm o direito constitucional de propor alterações nas regras, para que qualquer proposta seja aceita, ela necessita ter a maioria de dois terços dos clubes membros da competição (14-6) para que ela seja aprovada.

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