Coritiba

Com mudança de treinador, o Coritiba continua sofrendo na defesa

Foto: Gabriel Tha/Coritiba

Na última quarta-feira (26), o Coritiba perdeu por 2 a 0 para o Sport na Ilha do Retiro, e foi eliminado na 3ª fase da Copa do Brasil (5 a 3 no placar agregado). Foi a primeira partida oficial do treinador Antônio Carlos Zago no comando, e segunda de sua comissão técnica, e o time apresenta as mesmas dificuldades que tinha com o técnico anterior, António Oliveira.

+ Atuações: Coritiba sofre gol no início e é eliminado da Copa do Brasil. Confira as notas

O Coxa terminou a partida com 62% de posse de bola, quase o dobro de passes certos (593×302), e mesmo assim só teve uma finalização a mais. A equipe também teve várias falhas defensivas, e foi vazada duas vezes – cenário parecido às últimas partidas com o antigo treinador.

NOVO ESQUEMA NA DEFESA

Com a mudança no comando técnico, o Coritiba passou a jogar em uma formação com três zagueiros, que só havia sido testada na desastrosa derrota para o Operário no estadual. Assim como naquela partida, os zagueiros vêm tendo dificuldades com o esquema – Kuscevic errou muitas decisões, e os demais zagueiros têm falhado na marcação.

+ Zago elogia o Coritiba em derrota para o Sport: ‘Jogo de luta’

A formação também afeta os laterais. Pelo lado esquerdo, Jamerson vem fazendo boas partidas, tendo atributos adequados para jogar como ala. Já pela direita, Natanael não tem o mesmo sucesso – o jovem tem características mais defensivas, e o esquema pede que ele jogue bem avançado. Mesmo que o lateral direito tenha melhorado nas últimas partidas, não faz sombra ao que foi nas últimas temporadas, jogando mais atrás.

GOLS SOFRIDOS NO INÍCIO

Outro defeito do Coritiba em 2023 vinha sendo os gols sofridos no começo de cada tempo, o que continua acontecendo – em ambas as partidas o Coxa sofreu gol nos primeiros 10 minutos de uma etapa. Assim como acontecia com António Oliveira, isso veio com falhas individuais – Bruno Viana e Gabriel contra o Fortaleza, e Kuscevic contra o Sport. Esse panorama evidencia uma falta de concentração da defesa coxa-branca nesse período, algo que já deveria ter sido corrigido.

PODE FUNCIONAR?

O espaço amostral desse novo esquema ainda é pequeno, e ele teve alguns bons momentos no 1º tempo contra o Fortaleza, então pode evoluir e gerar resultado. No entanto, não há indícios de que a formação antiga era o problema da defesa, e essa mudança pode agravar ainda mais a situação. Além disso, o ataque não apresentou qualquer melhora com a alteração.

Para saber tudo sobre o Coritiba, siga o Esporte News Mundo no TwitterFacebook e Instagram.

Para a continuidade da temporada, Zago terá que avaliar essa escolha. O elenco não foi montado para isso, e com exceção de atletas como Jamerson e Bruno Viana – zagueiro que vem evoluindo – os jogadores não têm características para isso, assim como não se adaptaram às ideias de António Oliveira. Pode funcionar? Pode, mas há problemas muito maiores, e a formação com 4 defensores é a mais adequada para o elenco.

Bruno Viana vem melhorando no Coritiba. Foto: Divulgação/Coritiba

ESCALAÇÕES DO CORITIBA DE ZAGO

Coritiba 0x3 Fortaleza: Gabriel; Natanael, Kuscevic, Bruno Viana, Vilar e Jamerson; Liziero, Júnior Urso e Bruno Gomes; Robson e Alef Manga.

Sport 2×0 Coritiba: Gabriel; Natanael, Kuscevic, Bruno Viana, Victor Luís e Jamerson; Willian Farias e Jesús Trindade; Kaio César, Rodrigo Pinho e Alef Manga.

Clique para comentar

Comente esta reportagem

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

As últimas

Para o Topo