O Conselho Deliberativo do Guarani aprovou, em reunião na última segunda-feira à noite, o orçamento para 2021.
Com duração de 2h30, o encontro, realizado de forma virtual em decorrência da pandemia de Covid-19, foi aceito por ampla maioria.
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O debate contou com 64 dos 86 conselheiros presentes, além de três justificativas por ausência. No geral, foram 37 votos favoráveis ao cálculo orçamentário, 21 votos contrários e duas abstenções – alguns dirigentes não marcaram presença no momento da votação.
Na primeira reunião extraordinária do ano, participaram três membros do Conselho de Administração (Ricardo Miguel Moisés, Marcos Lena e Felipe Ramos Roseli) e quatro integrantes do Conselho Fiscal (Fábio Bortolin de Araújo, Leonardo Nucci, Ricardo Sagula e Walber Bortolotto) – o edital previa que um membro poderia representar o órgão.
A previsão do Bugre é fechar a temporada de 2021 com lucro de R$ 35.816,00: a estimativa inicial é de R$ 22.796.000,00 de receitas e R$ 22.760.184,00 de despesas.
NO AZUL
Entre os valores a serem arrecadados, clube campineiro prevê R$ 6 milhões em venda de atletas – o valor inicial era de R$ 10 milhões -, R$ 4,2 milhões em venda judicial (grana mensal de R$ 350 mil a ser depositado pela Magnum), R$ 960 mil com patrocínio e R$ 600 mil com permutas.
O documento também inclui R$ 1 milhão com mensalidade e R$ 500 mil com grana oriunda do Sócio Campeão.
Além disso, o balanço contempla R$ 7 milhões de cota da Série B do Campeonato Brasileiro e R$ 4,3 milhões de cota do Campeonato Paulista.
O orçamento não projeta arrecadação por disputa da Copa do Brasil – o cenário, por enquanto, é desfavorável e improvável, haja vista depender de o Red Bull Bragantino fechar o Campeonato Brasileiro entre os nove primeiros colocados para abrir vaga no Troféu do Interior.
A expectativa é de que, com o retorno do público ao estádio após fim da pandemia ou avanço da vacinação em Campinas e região, os números em arrecadação possam aumentar a partir do segundo semestre – ainda não há planos de venda de ingressos para disputa do Campeonato Paulista.
MINA DE OURO
Ainda sobre a venda de jogadores, a diretoria aposta na transferência de Gabriel Menino, titular absoluto do Palmeiras e recém-campeão da Copa Libertadores da América, à Europa na próxima janela. O polivalente ainda tem 20% dos direitos econômicos vinculados ao Alviverde.
NO VERMELHO
Por outro lado, o Bugre conjectura R$ 13 milhões com folha do futebol profissional – inclui elenco, estafe, férias, 13º salário, INSS, FGTS, PIS e IRRF – e R$ 2,5 milhões com despesas gerais de futebol (manutenção de gramado, prédios, viagens, premiações e despesas com jogos).
Além disso, as despesas futuras compreendem R$ 2 milhões nas categorias de base, R$ 2,5 milhões em administração (folha administrativa com encargos) e R$ 3 milhões em gastos administrativos (água, esgoto, limpeza, refeitório, manutenção, rescisões parceladas de 2019 e etc).