Em entrevista para a ESPN Brasil, João Fonseca comentou suas expectativas para o duelo contra o russo Andrey Rublev, 9º colocado, que acontece na terça-feira no Australian Open em sua estreia em Grand Slams.
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“Estou vindo de bons jogos, bons resultados, furando quali, fazendo ótimos jogos contra jogadores difíceis, vindo de 13 partidas seguidas ganhando. Então estou confiante, mas ao mesmo tempo sabendo que tem um grande desafio pela frente: Rublev. Eu já treinei com ele uma vez e sei o potencial dele, todo mundo sabe o potencial dele, e mais uma vez eu vou tentar tirar um pouco ali da parte de ‘azarão’, que eu sou meio que o azarão”, disse o brasileiro que treinou com o russo no ATP Finals no final de 2023 quando foi como sparring.
O carioca afirma estar se preparando fisciamente para o duelo. Ele passou o qualifying na última quinta-feira.
“Vou estar jogando sem pressão e ver como é que vai ser. Vai ser minha primeira partida de cinco sets, então me preparando fisicamente e mentalmente para essa partida, mas confiante também e sei que posso ganhar”, adicionou.
“Eu acho que, como vai ser contra o Rublev, pode ser que tenha uma quadra maior, o estádio talvez e, bom, para mim é um pouco diferente, ele já está acostumado. Mas, assim, ser um pouco de azarão, tirar um pouco a pressão do meu lado é importante nesse momento. Jogar o meu jogo. Obviamente eu quero ganhar, mas meio que, bom, se eu ganhar, ótimo, mas também, se eu não ganhar, eu vou dar meu melhor fazendo o esporte que eu adoro, que eu amo”, pontuou.
“Acho que tem que curtir a oportunidade, tem que curtir a oportunidade de estar jogando no Australian Open, primeira chave principal, contra o Rublev, com vários brasileiros torcendo, então tirar proveito disso e dar meu melhor”, seguiu.
O carioca confessou que uma declaração de elogio de Novak Djokovic no ano passado mexeu com ele: “Tem elogios, tem algumas pessoas que até fazem comparações. Eu não gosto tanto de comparações, até o pessoal fazendo comparações, acho que cada um tem seu tempo e cada um tem seu momento, cada um tem sua história. Mas uma coisa que eu senti muito legal, que deu uma repercussão muito grande ano passado, foi quando o Djokovic falou de mim, uma honra inexplicável. Passar por ele assim no vestiário é uma aura que até dá uma tremida assim e você meio que trava: ‘Caraca, o Djokovic aqui'”, disse, recordando que o sérvio disse que “o jogo dele lembra o meu”.
“Quando ele falou de mim, eu fiquei: ‘Caraca, acho que eu tenho um caminho legal nesse esporte, pode ser que eu faça coisas boas’. E, bom, com certeza tem muitos outros, mas esse foi o primeiro que eu pensei e falei: ‘Caramba, que legal’. Espero trabalhar, estar com o pé no chão, e seguir fazendo coisas legais no esporte”, concluiu.