Esportes olímpicos
Confira os adversários dos brasileiros no badminton e as expectativas do desempenho de ambos
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Apesar de garantidos nos Jogos Olímpicos de Tóquio desde maio, Ygor Coelho e Fabiana Silva descobriram os nomes de seus adversários somente neste mês de julho. Realizado no dia 8, o sorteio dos grupos determinou a trajetória dos 173 atletas que disputarão o badminton na capital japonesa, reservando algumas surpresas aos dois atletas brasileiros. Com a definição, a perspectiva da campanha do Brasil se torna positiva, com o potencial de ficar marcada na história da modalidade nacional.
ORGANIZAÇÃO
Na categoria simples masculina, em que os participantes jogam individualmente, 42 jogadores foram distribuídos em 14 grupos, organizados de A a P, com três atletas cada. Após o final dos dois jogos que cada um disputará, somente os primeiros colocados se classificarão para o mata-mata. Dos 14 nomes em primeiro lugar, os líderes dos grupos A e P – onde estão localizados os dois atletas mais bem ranqueados – se encaminharão diretamente às quartas de final, enquanto os outros 12 jogadores disputarão as oitavas de final.
No feminino, as atletas da categoria simples foram divididas em 13 grupos de três e um com quatro nomes, também categorizados de A a P. Adotando o mesmo padrão, somente as primeiras colocadas estarão classificadas para o mata-mata, com as líderes dos grupos A e P avançando às quartas, enquanto as 12 jogadoras restantes deverão disputar as oitavas de final.
– LEIA MAIS: Pela segunda Olimpíada seguida, Brasil conta com dois atletas no badminton; veja quem são
ADVERSÁRIOS E EXPECTATIVAS – SIMPLES MASCULINO
Colocado no grupo I, Ygor Coelho será desafiado por Kanta Tsuneyama e por Georges Julien Paul, das Ilhas Maurício. Dentre os três nomes, Kanta é o que se encontra mais bem ranqueado na lista elaborada pela Badminton World Federation, órgão regulador do esporte e responsável pela elaboração do ranking de atletas.
O japonês ocupa a 12ª posição, tendo adquirido 53.075 pontos em 18 torneios pré-olímpicos, e ostentando um recorde de 218 partidas jogadas na carreira, com 138 vitórias e 80 derrotas. Ygor, segundo mais bem ranqueado do grupo, se classificou aos Jogos após terminar o ciclo pré-olímpico na 49ª posição, com um total de 29.109 pontos adquiridos em 20 torneios. Na carreira, já disputou 300 partidas, com 199 triunfos e 101 derrotas. Por fim, o atleta das Ilhas Maurício se encontra distante de seus oponentes, ocupando somente a 78ª colocação do ranking, com 21.089 pontos obtidos através de 16 torneios; na carreira, foi capaz de vencer 120 vezes em 192 jogos.
Lutando para conseguir sua primeira vitória em Olimpíadas – já que, em sua primeira aparição nos Jogos de 2016, o carioca não foi capaz de triunfar em nenhuma ocasião -, Ygor chega à Tóquio com a expectativa de vencer pelo menos um jogo. Isso porque, em 2021, o brasileiro já foi capaz de superar Georges Julien Paul, no Masters da Espanha, por dois sets a zero. Não se deixando abalar por um ciclo pré-olímpico conturbado e repleto de lesões, o atleta também chega ao grupo como o jogador com mais partidas disputadas esse ano, acumulando 20 jogos (12 vitórias e oito derrotas).
O favoritismo, porém, não pode ser destinado a outro nome que não seja do japonês Kenta Tsuneyama. Jogando em casa e ostentando a melhor posição no ranking, o atleta demonstrou um alto nível nos torneios pré-olímpicos e provavelmente encaminhará a classificação às oitavas de final.
ADVERSÁRIOS E EXPECTATIVAS – SIMPLES FEMININO
Sorteada para disputar o grupo H, Fabiana Silva terá pela frente a americana Beiwen Zhang e a ucraniana Maria Ulitina. Mais bem ranqueada entre as três, Zhang se classificou através da 14ª posição no ranking geral, angariando 50.910 pontos em 19 torneios; na carreira, também se mostra a mais experiente, tendo disputado 407 jogos (265 vitórias e 142 derrotas).
Imitando a situação na categoria masculina, a atleta brasileira também se mostra como a segunda mais bem ranqueada do grupo, ostentando a 69ª posição, com 20.290 pontos em 15 torneios. Em sua trajetória, já foi capaz de vencer 166 jogos em 286 disputados, perdendo somente 120. Por fim, Maria Ulitina se encontra na 83ª colocação do ranking, tendo adquirido 17.550 pontos em 18 participações nos torneios; na carreira, se apresentou em 331 oportunidades (191 vitórias e 140 derrotas).
Velha conhecida dos brasileiros, Ulitina foi a responsável por uma das derrotas de Lohaynny Vicente nos Jogos Olímpicos do Rio, em 2016, encerrando a primeira participação brasileira na história olímpica da modalidade. Diante disso, Fabiana será capaz de vingar sua compatriota, na partida que oferece melhor chance da brasileira vencer. A perspectiva, portanto, é de que a atleta natural de Niterói seja capaz de encerrar sua participação nos Jogos com uma vitória, resultado que elevaria o feito a um nível histórico para o Brasil.
Naturalmente, o favoritismo também fica com a atleta melhor ranqueada, Beiwen Zhang, que acumulou diversos resultados positivos em seu ciclo pré-olímpico e contará com a experiência de mais de 400 jogos disputados na carreira.