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A CONMEBOL anunciou a criação de um “Task Force” com a missão de combater o racismo, discriminação e violência no futebol sul-americano. A equipe, encabeçada pela lenda brasileira Ronaldo, surge como uma resposta à crescente preocupação com comportamentos preconceituosos e violentos nos estádios, especialmente nos jogos de competições organizadas pela entidade.
A decisão de formar o grupo foi tomada em resposta a incidentes recorrentes de racismo em partidas da CONMEBOL, que afetaram jogadores e torcedores. Em 2023, casos como o de Vinícius Júnior, do Real Madrid, sendo alvo de insultos racistas em jogos da La Liga, colocaram o tema em debate no cenário global, mas é inegável que o futebol sul-americano também tem enfrentado desafios semelhantes. O histórico de atitudes discriminatórias, em algumas competições continentais, motivou uma ação urgente da confederação.
Uma pesquisa conduzida em 2022 revelou que pelo menos 15% dos jogos de clubes e seleções da CONMEBOL registraram algum tipo de incidente de racismo, seja por parte de torcedores ou, em raros casos, dentro de campo. Esses incidentes incluem insultos raciais, banimento de torcedores e até mesmo ataques verbais durante partidas transmitidas globalmente.
Em resposta a essa realidade, Ronaldo, além de ser uma referência mundial dentro e fora dos campos, terá a missão de coordenar esforços junto a clubes, jogadores, árbitros e torcedores para criar estratégias educacionais, estabelecer punições mais severas e garantir que comportamentos preconceituosos sejam erradicados do futebol.
“Não podemos mais aceitar o racismo e a violência no futebol. Com a criação do Task Force, a CONMEBOL está dando um passo importante na construção de um futebol mais justo, inclusivo e seguro para todos”, disse Ronaldo em comunicado.
“Estamos agindo aqui hoje com responsabilidade e unidade para enfrentar os desafios futuros, superá-los e continuar no caminho do crescimento. Não queremos um debate sobre o passado, mas sim discutir o futuro. Tudo o que for dito aqui é para somar e melhorar o nosso esporte”, expressou o presidente da CONMEBOL, Alejandro Domínguez.
