O Governo do Estado do Rio de Janeiro oficializou nesta terça-feira a vitória do Consórcio Fla-Flu na licitação para administrar o Maracanã. Flamengo e Fluminense, que já gerenciam provisoriamente o estádio desde abril de 2019, vão operar, explorar e manter o Complexo Maracanã, incluindo o Maracanãzinho, pelos próximos 20 anos.
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Processo Licitatório
A licitação, a segunda desde a grande reforma para a Copa do Mundo de 2014 (que custou mais de R$ 1 bilhão), começou no fim do ano passado e contou com três concorrentes: Flamengo e Fluminense, Vasco e WTorre em consórcio, e o grupo Arena 360, que administra o estádio Mané Garrincha. Apenas Fla-Flu e Vasco/WTorre chegaram à fase final, com o grupo Arena 360 sendo desclassificado por não atingir a pontuação mínima na proposta técnica.
Divisão Econômica
Uma cláusula do consórcio estabelece que o Flamengo, como líder, terá 65% da participação econômica, enquanto o Fluminense ficará com 35%. Isso significa que todas as receitas, lucros, perdas, direitos e obrigações serão divididos nessa proporção.
Jogos e Receitas
Essa divisão não se aplica em dias de jogos específicos de cada clube. Nos jogos do Fluminense, toda a bilheteria e receitas geradas, assim como custos e despesas, serão do Tricolor. O mesmo vale para os jogos do Flamengo.
Investimentos e Manutenções
O consórcio planeja investir R$ 393 milhões em obras e manutenções nos próximos 20 anos. Com base na divisão de 65% para o Flamengo e 35% para o Fluminense, os investimentos serão de R$ 255,5 milhões para os Rubro-Negros e R$ 137,5 milhões para o Tricolor.
A outorga a ser paga ao governo estadual e o saldo de lucro anual, que inclui receitas com shows e visitas ao museu, também seguirão a divisão de 65% para o Flamengo e 35% para o Tricolor. Em caso de prejuízo, essa divisão será mantida.
Uso do Maracanãzinho
O Flamengo utiliza o Maracanãzinho para seus jogos de basquete e vôlei, justificando a maior participação econômica. O Fluminense, que não usa o ginásio, evita esses custos adicionais.
Poder de Veto do Fluminense
O Fluminense terá poder de veto em diversas questões, incluindo operações financeiras relevantes e a composição da diretoria e do conselho de administração. O conselho será formado por seis membros, três de cada clube, com o Flamengo indicando dois diretores e o Fluminense um. O Tricolor também pode vetar decisões que discordem do plano de negócios e do cronograma de jogos.
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Com essa vitória, Flamengo e Fluminense consolidam sua administração no Maracanã, um passo crucial para a sustentabilidade financeira de ambos os clubes e a manutenção de um dos mais importantes estádios do país.