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Copinha 2024: confira os destaques positivos e negativos do São Paulo

(Foto: Célio Messias/São Paulo FC)

Tricolor teve desempenho razoável na Copinha, mas nem tudo é para ser jogado fora

Foto: Célio Messias/São Paulo FC

O sistema defensivo instável do São Paulo resultou na precoce eliminação nas oitavas-de-final da Copinha para o Novorizontino, em jogo disputado na Arena Fonte Luminosa, em Araraquara, na última terça-feira (16).

O Tricolor não empolgou em nenhum momento da competição e só teve uma vitória tranquila na estreia contra o Porto Vitória-ES, quando venceu por 5 a 1. No entanto, assim como em todos os outros jogos no torneio, a defesa são-paulina não conseguiu sair sem levar gol, mesmo diante de um oponente mais frágil.

A vitória de virada contra o Carajás-PA parecia dar um novo ânimo para o time de Cotia, o que não se concretizou. A partir dali, o São Paulo disputou mais 3 partidas até o jogo decisivo contra o Novorizontino: derrota para a Ferroviária, empate seguido de vitória nos penaltis contra o Ceará e vitória suada contra a Ferroviária. Mesmo sem empolgar seu torcedor, o Tricolor conseguiu se classificaçar às oitavas da Copinha.

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Com um desempenho ruim, principalmente na parte defensiva, o São Paulo foi merecidamente derrotado pelo Novorizontino. As boas individualidades de Cotia não conseguiram os gols necessários na frente e os problemas na defesa, questão evidente desde o primeiro jogo, não foram corrigidos a tempo.

No entanto, a juventude do elenco são-paulino na Copinha não pode ser deixada de lado. Se tratando de categorias de base, um ano a mais ou a menos de idade faz muita diferença na formação, em especial na parte física e de tomada de decisão. Menta, treinador do São Paulo, sabia dos riscos e decidiu fazer uma aposta em uma equipe formada por diversos jogadores do sub-17.

Há alguns pontos que o São Paulo deve considerar após o desempenho na Copa SP deste ano. São eles:

  • Foi dada uma importante rodagem para jogadores de categorias mais jovens (sub-17);
  • Como sempre, há jogadores interessantes que, se bem lapidados, devem dar retorno técnico e financeiro ao clube no futuro;
  • Menta precisa pensar em maneiras de desenvolver o sistema defensivo da equipe para 2024;
  • A zaga é, de longe, a posição mais escassa da base são-paulina. Com a falta de jogadores para a posição, seria interessante observar jogadores de outras equipes;
  • O futebol africano tende a se tornar cada vez mais uma realidade no Brasil, e o São Paulo não pode fechar os olhos para esse mercado, ainda mais com os exemplos positivos de Iba Ly e King Faisal.

Confira abaixo quem se destacou e quem decepcionou pelo São Paulo nessa edição da Copinha:

DESTAQUES

Igor Felisberto: o lateral-direito demonstrou muita qualidade ao longo da competição, em especial na parte ofensiva. Suas chegadas ao ataque, principalmente quando se associava com Henrique do Carmo, incomodaram muito as defesas adversárias. Mas a maturidade impressionante talvez seja sua grande virtude, já que Igor disputou o torneio tendo apenas 16 anos de idade.

Iba Ly: o volante teve início tímido na competição, mas foi um dos que mais tentou quando o calo apertou no mata-mata. Com uma frieza na saída de bola e ótimo vigor físico para preencher os espaços na marcação, o senegalês foi o motorzinho do São Paulo na Copinha, sendo presente tanto na defesa quanto no ataque. Sua permanência no Tricolor é incerta, já que seu vínculo com o clube se encerra em março deste ano.

Henrique do Carmo: o ponta-direita virou titular após a lesão de Luiz Henrique e não decepcionou. Ele também é um dos atletas do sub-17 que atuaram na Copinha e, assim como Igor, sua maturidade merece ser destacada. Seus dribles foram em alguns momentos a melhor maneira que a equipe encontrava de furar os bloqueios adversários. Suas conduções para o centro do campo após as ultrapassagens de Igor pela direita confundiam e levavam perigo aos adversários. Olho na dupla.

Negrucci: foi o “termômetro” da equipe na maior parte do torneio. Demonstrou boa capacidade de achar passes verticais e também de finalizar de fora da área, característica também marcante de Pablo Maia, sua referência na posição de primeiro volante. Se mostrou também um bom batedor de faltas. Está pronto fisicamente e deve compor o elenco profissional do São Paulo em 2024.

DECEPÇÕES

Kauê: mais um da turma dos sub-17, o zagueiro se monstrou inseguro durante toda a competição. O defensor até teve seu momento de destaque ao tirar uma bola em cima na linha nos minutos finais contra a Ferroviária, mas seu nervosismo na saída de bola e seu posicionamento confuso, em especial no último jogo, fizeram com que o desempenho do atleta na Copinha não tenha sido bom.

Leandro Mathias: aqui a decepção é mais relacionada por conta da expectativa que existe com o atleta. Leandro é um goleiro que, já há algum tempo, é tratado como alguém com muito potencial para frequentar o time de cima. No entanto, o seu desempenho não foi nada além de razoável nessa Copinha, tendo sofrido gols que não costuma sofrer e apresentado dificuldades para jogar com os pés, quesito que é provavelmente o seu ponto forte.

Caio Matheus: o atacante talvez fosse o mais conhecido pela torcida são-paulina, já que atuou pela equipe profissional em 2022. Caio subiu ao time de cima precocemente graças às boas atuações na base, mas uma lesão no joelho enquanto jogava pela Seleção Brasileira sub-20 minou seu desenvolvimento. Ele se recuperou 10 meses depois, mas foi “rebaixado” para o sub-20 do Tricolor. Desde então, não foi capaz de repetir as boas atuações que apresentava antes da lesão. Na Copinha, sequer foi titular e não conseguiu se destacar nos minutos em que esteve em campo.

Palmberg: aqui uma visão talvez controversa. O camisa 7 chegou com moral para a Copinha, sendo o capitão da equipe e um dos mais experientes em um elenco repleto de jogadores mais novos. Palmberg chegou a anotar dois gols importantes na competição, mas os lapsos de bom futebol não foram constantes ao longo dos jogos. Apesar da responsabilidade, o atleta “se escondeu” do jogo em alguns momentos, em especial nas últimas partidas, onde sua maturidade seria de grande valia. Contra o Novorizontino, ficou sumido no jogo e pouco se movimentou para ser opção de passe e contribuir na criação das jogadas.

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