Na última segunda-feira (03), o Corinthians apresentou à Justiça de São Paulo um plano de pagamento aos seus credores listados no Regime de Centralização de Execuções (RCE), com o objetivo de quitar parte de sua dívida de R$367 milhões.
O Corinthians, que tem enfrentado diversas dificuldades financeiras recentemente, busca, com a proposta, preservar a saúde financeira do clube, organizando o pagamento da dívida ao longo de dez anos.
A ideia da diretoria corintiana é destinar de forma mensal 4% de suas receitas recorrentes, como bilheterias, patrocínios, direitos de TV e demais rendimentos que não estejam vinculados a vendas de jogadores. No caso de transferência de atletas, o clube destinará 5% das receitas dos direitos econômicos para leilões reversos, com deságio mínimo de 30%.
O clube dará preferência aos idosos, portadores de doenças, gestantes e credores com menos de 60 salários-mínimos a receber. Aos “credores parceiros”, aqueles que possuem prestação de serviços ao Corinthians, terão 50% dos valores alocados nas parcelas de distribuição do plano. Além disso, aqueles que gerarem novas receitas ao Corinthians e que possuem acordos de redução de 30%, também serão priorizados.
O Corinthians possui R$ 926 milhões em dívidas com fornecedores, agentes, credores, processos e jogadores. Porém, o valor de R$ 367 milhões é apenas uma parte da dívida e está listado no RCE. De dívidas tributárias, o clube divulgou o valor de R$817 milhões, já o valor do financiamento da Arena Corinthians chega a R$677 milhões com a caixa.
O RCE é considerado pela diretoria uma medida para apresentar maior previsibilidade das despesas e evitar os diversos bloqueios das contas bancárias do clube.
A proposta do Timão será analisada pela Justiça e precisa ser aprovada para entrar em vigor.