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Corinthians é punido por cantos homofóbicos e vai jogar uma partida com portões fechados

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Advogado do Corinthians defendeu que “não houve dolo” e que cânticos são “provocações” existentes “há 30 anos” entre torcidas

Foto: Reprodução Instagram Gaviões da Fiel

Em um julgamento ocorrido nesta quinta-feira no Pleno do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), sediado no Rio de Janeiro, o Corinthians recebeu uma punição de um jogo de mando de campo com portões fechados. Essa sanção já havia sido determinada anteriormente pela 3ª Comissão Disciplinar, porém, os corintianos conseguiram um efeito suspensivo.

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A punição em questão é consequência dos cânticos homofóbicos entoados por torcedores do Corinthians durante o clássico contra o São Paulo, ocorrido em maio. Agora, a punição está oficialmente em vigor. O próximo jogo do Corinthians em casa pelo Brasileirão seria contra o Grêmio, na 15ª rodada, originalmente agendado para o dia 15 de julho, mas foi adiado e ainda não possui uma nova data definida. Portanto, o Corinthians irá cumprir a pena no jogo seguinte em sua casa, a Neo Química Arena, contra o Vasco, na 18ª rodada, marcado para o dia 30 de julho.

O relator do caso no STJD foi o auditor Maurício Neves Fonseca, que solicitou a manutenção da punição do Corinthians estabelecida no mês passado. Na 3ª Comissão Disciplinar, os auditores decidiram por um jogo sem a presença de torcida, que seria cumprido contra o Red Bull Bragantino. No entanto, o clube recorreu e obteve um efeito suspensivo, permitindo que recebesse cerca de 42 mil torcedores na partida seguinte (que resultou em uma derrota por 1 a 0).

A Procuradoria, representada por Rafael Bozzano, considerou os “fatos incontestáveis” para a punição com perda de um jogo como mandante e também defendeu a imposição de uma multa. Um dos auditores, Paulo Sérgio Feuz, defendeu uma punição mais rigorosa de três jogos sem a presença das torcidas organizadas do Corinthians, identificando que os cânticos homofóbicos partiram desse setor das arquibancadas. No entanto, sua posição não prevaleceu perante os demais auditores. Otacílio Araújo, outro auditor, afirmou que os tempos mudaram e que o julgamento deve acompanhar a evolução da sociedade.

Durante o clássico do Corinthians contra o São Paulo, devido aos cantos homofóbicos, o árbitro Bruno Arleu de Araújo chegou a interromper a partida aos 17 minutos do segundo tempo, retomando-a cerca de quatro minutos depois. Além disso, ele registrou o incidente na súmula. Os telões da arena também exibiram uma mensagem de alerta aos torcedores.

A decisão do STJD de retirar a torcida por conta de cânticos homofóbicos é considerada a primeira punição desse tipo desde a implementação do novo Regulamento Geral das Competições da CBF, que estabeleceu penalidades mais severas para casos dessa natureza ao longo deste ano.

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