A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Apostas Esportivas recebeu um novo depoimento que pode complicar ainda mais a situação de Lucas Paquetá. Segundo o delator Bruno Lopez de Moura, o meio-campista do West Ham teria recebido um cartão amarelo de propósito na partida contra o Aston Villa, em 12 de março de 2023, como uma espécie de “presente de aniversário” para seu irmão, Matheus Tolentino.
Na ocasião, Paquetá foi advertido aos 25 minutos do segundo tempo. A investigação aponta que Marlon Bruno Nascimento Silva, suspeito de intermediar a manipulação de apostas, teria informado ao delator que o jogador planejava cometer a infração intencionalmente.
Além disso, movimentações financeiras levantaram suspeitas. Marlon recebeu cerca de R$ 97 mil de Bruno Tolentino, tio de Paquetá, por meio de cinco transferências bancárias. A CPI também identificou que Matheus Tolentino seguia Marlon nas redes sociais, sugerindo uma possível ligação entre eles.
As denúncias fazem parte da Operação Penalidade Máxima, conduzida pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO), que investiga um esquema de manipulação de cartões e pênaltis no futebol brasileiro e internacional. Como resultado, a CPI recomendou o indiciamento de três pessoas, incluindo Bruno Tolentino.
Até o momento, Paquetá não se pronunciou oficialmente sobre o caso. Sua assessoria afirmou que a situação está sendo tratada por seus advogados e que ele não comentará as acusações.
