O Senado Federal aprovou nesta terça-feira (12) a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar casos de manipulação de resultados no futebol brasileiro, envolvendo jogadores, dirigentes e empresas de apostas. Os trabalhos devem durar 180 dias.
O senador e ex-jogador Romário (PL/RJ) é o autor do pedido de abertura. Entre as argumentações do parlamentar para embasar a investigação está o relatório da SportRadar, que apontou alguma possível suspeição em 109 partidas de 2023. A empresa faz a análise de movimentações suspeitas em casas de apostas, que podem indicar algum tipo de manipulação.
— Vale lembrar que o futebol é uma importante atividade econômica de nosso país, que gera dezenas de milhares de empregos e movimenta importante cadeia direta e indireta de geração de renda. É, portanto, dever do Estado regulamentar e fiscalizar as suas atividades, em nome do interesse público — argumenta o senador, em fala reproduzida pela Agência Senado.
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Agora os partidos deverão indicar seus representantes na CPI e realizar a escolha do presidente (que comanda os trabalhos) e do relator (que redige o documento com as conclusões do processo). A CPI pode convocar pessoas e convidar autoridades para oitivas, além de ter acesso a documentos, determinando ou não o envio do relatório para o Ministério Público, que por sua vez pode ou não avançar para um inquérito policial.
Ao todo, a Comissão terá 11 membros titulares e sete suplentes.
Investigação no Distrito Federal
A aprovação da CPI acontece em paralelo a uma investigação de manipulação de resultados em jogos do Campeonato Estadual do Distrito Federal, conhecido como Candangão.
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A Polícia Federal (PF) cumpriu na segunda-feira (11) mandados de busca e apreensão contra dois jogadores do Santa Maria, suspeitos de estarem envolvidos em fraudes em duas goleadas sofridas pela equipe na competição.
Os jogadores podem ter cometido pênaltis e até marcado gols contra propositalmente.
