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Cruzeiro discute racismo e ‘mês’ da Mulher, mas ignora manifestações sobre golpe militar

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Foto: Cruzeiro/Divulgação
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O início da ditadura militar completou 57 anos nesta quarta-feira (31). Na ocasião, Castelo Branco liderou o golpe dos militares e assumiu o comando do país. A partir de então, o Brasil esteve imerso em censura e repressão – motivo de manifestações contrários de clubes, instituições e personalidades ao longo do dia. O Cruzeiro, porém, não se manifestou, o que gerou reclamação de parte da torcida.

Isso porque, ao amanhecer, a #Viva64 esteve nos trends topics do Twitter. Então, deu-se início a uma campanha nas redes sociais com a #DitaduraNuncaMais. Nesse cenário, clubes brasileiros se manifestaram contra ao golpe militar e a ditadura instalada há 57 anos. Alguns, inclusive, relembraram jogadores que foram símbolo de luta, como Reinaldo, ex-atleta do rival celeste, Atlético-MG. 

Um ex-jogador do Cruzeiro, Dirceu Lopes, inclusive, sentiu na pele o momento da ditatura ao ser cortado da Copa do Mundo de 1970 por questões políticas entre o governo militar e o técnico da amarelinha, João Saldanha. A Seleção Brasileira acabou tricampeã mundial.

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Ao decorrer do dia, o Cruzeiro se manifestou sobre outros assuntos sociais, como o fim do mês da mulher – março – e sobre uma campanha contra o racismo feita pelo clube com jovens da base cruzeirense. Nas publicações, os torcedores estrelados cobraram o posicionamento da equipe para com a data celebrada nesta quarta-feira. 

Porém, o dia findou-se, e o Cruzeiro não se manifestou e nem gerou posicionamento acerca do tema. Além do Cruzeiro, dos times da capital mineira, o América-MG também não se posicionou. No Brasil, entre os times considerados como grandes – “os 13 grandes” –, apenas o time celeste, Botafogo, São Paulo, Santos, Palmeiras, Grêmio e Athletico Paranaense não se manifestaram.

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