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Cruzeiro planeja novas fontes de arrecadação caso permaneça na Série B; veja valores
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Com uma campanha bem abaixo do esperado na Série B, o Cruzeiro vê o acesso para a Série A já perto de um milagre, o que dificulta muito a vida financeira do clube, que já não é boa. O clube celeste terá de montar um projeto e contar com a compreensão de alguns jogadores para não sofrer ainda mais economicamente e esportivamente em 2021.
O Cruzeiro, atualmente, tem um teto salarial de R$ 150 mil por mês, entretanto, no caso de alguns jogadores, há um acordo firmado em contrato de uma readequação a partir do ano que vem. Entretanto, o acesso para a elite do futebol brasileiro está muito distante e, com isso, a expectativa de arrecadação também. Somente com cotas de televisão, a Raposa esperava dar uma salto de R$ 15 milhões para R$ 80 milhões em 2021, com a classificação para a Série A.
Em entrevista à rádio Super 91.7 FM, o presidente do Cruzeiro, Sérgio Santos Rodrigues, falou sobre conseguir novas formas de arrecadação e renegociação com os jogadores caso a situação permaneça como está.
– Essa pactuação vai depender da receita do Cruzeiro. Se a gente não tiver uma receita esperada, que não necessariamente depende do acesso para a Série A. De repente, a gente pode receber receitas de outra forma, que podemos arcar com isso. Se não conseguirmos, tem que sentar e repactuar, como estamos fazendo com todo mundo. Fizemos com o Fred, fizemos com o Marquinhos Gabriel. O que vamos ter que buscar fazer é isso e acredito que os jogadores vão entender isso porque não tem condição de cobrar algo que não temos como pagar hoje. Temos que esperar chegar o momento para ver se teremos receitas compatíveis, mas, óbvio, está tudo colocado dentro do nosso orçamento para o ano que vem, nas nossas despesas. Tem uma receita projetada, ela vai variar ou não de acordo com o acesso, mas mesmo não tendo o acesso podemos buscar outras formas de receita que se acontecerem, aí vamos poder honrá-las no ano que vem mesmo – disse o mandatário celeste.
O Cruzeiro tem, ainda, algumas apostas para adquirir mais receita, como abrir mão da cota fixa de pay-per-view, que vale R$ 6 milhões adicionados a R$ 2 milhões de receitas, confiando que a arrecadação será maior por venda. Em média, a Raposa historicamente arrecada R$ 17 milhões, na Série B é possível que tenha diminuído, mas não drasticamente. O clube celeste ainda não divulgou o balanço com os números precisos.
E, assim como fez ao longo de 2020, o Cruzeiro também espera arrecadar com venda de seus jogadores, principalmente os jovens.
– Propostas chegam todos os dias, mas como eu disse, a nossa situação é complicada, porém não vamos vender a qualquer preço, ainda mais os jovens que estão jogando como estão jogando. Continuamos aguardando. Já tivemos propostas por alguns atletas, como Cacá, Jadsom Silva, o próprio Matheus Pereira recebeu ofertas de outros clubes. Enfim, vamos esperar. No momento que vier uma oferta adequada, vamos vender se precisarmos, sem dúvida nenhuma”, ressaltou o presidente do Cruzeiro à Rádio Super.