Atlético-MG
Cuca destaca temporada ‘magnífica’ do Atlético-MG, mas ainda espera mais: ‘Não atingimos o nosso máximo’
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O Atlético-MG venceu o Juventude de virada por 2 a 1 na tarde deste domingo (8), com um gol nos acréscimos do segundo tempo, e assumiu a liderança do Campeonato Brasileiro, com 34 pontos, além de manter alcançar a marca histórica de oito partidas com vitória dentro do Brasileirão, maior sequência já alcançada pelo Galo na competição na era dos pontos corridos, superando 2012, em que o Alvinegro também era comandado pelo técnico Cuca.
Ao final da partida, Cuca fez uma extensa análise da partida, expondo toda a dificuldade do primeiro tempo em que saiu perdendo o jogo, falando sobre as substituições que fez na segunda etapa e a importância da virada sobre o Juventude para assumir a ponta do Campeonato Brasileiro.
— Foi um jogo muito duro, porque o adversário tem uma marcação muito forte, baixa as linhas, faz uma linha de cinco, às vezes até de seis, com mais três à frente, e saem em velocidade com jogadores leves. Você tem que propor o jogo e achar condição de infiltração e finalização. Então, no primeiro tempo, foi um jogo muito difícil de encaixar as oportunidades, elas não estavam aparecendo por dentro. Nós não tínhamos jogadores de referência para fazer o pivô, o giro ou uma bola longa para fazer o domínio. Nós tínhamos jogadores que gostam de utilizar a velocidade também e o que apareceu hoje foram os lados do campo, principalmente o lado esquerdo, no primeiro tempo, e não foram muitas vezes. Na única oportunidade que o Juventude teve, em um lançamento direto, nós fizemos a linha, erramos e levamos o 1 a 0. Então, o que já era difícil ficou o dobro, ter que vir para o segundo tempo e encontrar essas soluções. Nós, com as mexidas, abrimos um pouco mais a equipe, pusemos mais armadores para buscar o empate e depois mais atacantes para ter uma referência maior para poder ter um giro maior, como aconteceu com o Hulk fazendo tabela com Sasha. E martelamos, buscamos até o final, criamos oportunidades, finalizamos 20 vezes e tivemos o dobro de posse de bola. Então, eu acho que foi uma vitória merecida.
Cuca lembra que o Atlético-MG foi campeão estadual e está à frente em todas as competições que disputa, mesmo com todo o desgaste físico envolvido. O treinador trata o fato como raro e destaca a atual fase do time alvinegro como “magnífica”.
— Há muito tempo que não fazíamos um gol no final, a persistência, perseverança e busca pela liderança, foi isso que o time teve até o final e a gente tem que comemorar,, é a oitava vitória seguida que a gente tem em um campeonato tão difícil, com jogos domingo e quarta, viagens para a Bahia, BH, Caxias do Sul, Porto Alegre, Buenos Aires, volta e joga sábado com o Palmeiras, volta a Libertadores. Então, é muito desgastante e a gente está dentro disso usando toda a força do grupo possível. Conseguimos, hoje, preservar alguns jogadores que podem jogar na quarta com um descanso maior, então também é importante. Se a gente for pesar, em quatro competições, ganhamos o Mineiro, somos o primeiro na Libertadores, somos o primeiro do Brasileiro e estamos entre os oito da Copa do Brasil. Então, é magnífico e maravilhoso o que o pessoal está fazendo. Lógico que vai faltar um pouco de alguma coisa, isso falta para todo mundo, mas é o momento para a gente aproveitar ao máximo, porque é muito raro. Nunca sabemos o dia de amanhã, amanhã pode virar tudo, mas hoje a gente tem que estar muito feliz.
Assim como partidas anteriores, como contra o Bahia no meio de semana e Athletico-PR no domingo anterior, o Atlético-MG mostrou uma melhora de rendimento notável no segundo tempo, depois de não criar grandes momentos na etapa inicial. Cuca explicou que há mérito da marcação adversária nisso e que as mexidas têm sido fundamentais para o Galo buscar a melhora em campo.
— Não é que não rende, o jogo é amarrado, o espaço é muito reduzido no campo de ataque. Nós não temos jogadores que vão fazer o trabalho para empurrar o time adversário para trás, fazer a parede, o nosso time é versátil. Então, quando o time adversário está todo fechado lá atrás tem-se essa dificuldade, estivemos assim com o Bahia nas duas vezes, mas depois furamos, hoje aqui, com muita dificuldade. O adversário estava descansado de tudo, sem jogar não tem viagem, não tem desgaste, não perdia em casa tem muito tempo. Então são muitos fatores que fazem essa dificuldade, não um fator só. Foi bem marcado. Quando se faz as mexidas de entrar o Nathan, o Calebe, o Sasha, para você ter, além da profundidade, uma referência, que é o Sasha movimentando e vindo buscar. Então, sai um pouco da marcação em cima do Hulk, do Nacho para trás, que sai de segundo volante para fazer a armação, arrisca-se tudo para tentar ganhar. Tira o lateral, põe o Calebe, que entrou bem e acho que nós merecemos pela nossa persistência, pela luta da equipe até o final aliado ao time organizado. Fomos coroados com essa vitória.
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Agora o Atlético-MG terá uma semana duríssima pela frente, com o River Plate na quarta-feira (11) pelas quartas de final da Copa Libertadores e o Palmeiras pelo Campeonato Brasileiro no final de semana, confronto que pode definir o líder da competição. Cuca enfatizou que uma vitória como essa, de virada, dá uma confiança maior para os próximos compromissos.
— Eu acho que a gente não atingiu o nosso máximo, acho que a gente pode e deve evoluir em algumas coisas. Mas no momento atual é muito difícil, porque o desgaste é muito grande, só quem trabalha aqui com os jogadores sabe o tanto de desgaste eles têm. Então, a gente tem que ir dosando, hora um, hora outro, equilibrando o elenco para não perder ninguém machucado. Daqui a pouco voltam alguns jogadores importantes também. É um momento crucial, de decisões uma atrás da outra. Buscar a liderança, para nós, é um motivo de muita alegria, mas a gente tem que, agora, ter um outro estágio, que é a manutenção da liderança. Não é fácil chegar à liderança e a manutenção dela é tão o mais difícil que chegar nela. Vamos ter que jogar jogo a jogo e doação intensa até o final, como tivemos no jogo de hoje.