No dia 10 de julho, em Itaquera, o Corinthians venceu o Flamengo por 1 a 0, pela 16ª rodada do Campeonato Brasileiro. O autor do gol contra solitário naquela tarde de domingo não esperava que sua vida mudaria totalmente três meses depois. Só que para aguentar o peso do troféu da Copa do Brasil na mão, Rodinei teve que lidar com as críticas e dar a volta por cima. No pênalti decisivo na final do mata-mata nacional, o lateral-direito converteu a cobrança e garantiu o tetracampeonato ao Rubro-Negro.
– A gente pensa que é fácil essa caminhada até a bola, ainda mais com o Cássio, um dos melhores goleiros do Brasil. Acredito muito no trabalho, o que vivi sete anos nesse clube não foi fácil. Muita desconfiança, muitas críticas, mas soube levar com naturalidade e sabia que só o trabalho mudaria isso. Não é fácil um jogador ficar num clube tanto tempo, hoje foi um dia que o papai do céu reservou pra mim. Nosso time mereceu, um jogo dificílimo, mas a nação merece. Quando fiz o gol não sabia o que fazer, corri pra torcida. Vamos comemorar hoje e amanhã e depois vamos pensar na final da Libertadores – disse Rodinei.
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Rodinei chegou ao Flamengo em 2016. Entre altos e baixos, o lateral-direito voltou de empréstimo na temporada passada. Contra o mesmo Corinthians, o jogador viveu um grande momento em 2021, quando fez uma linda jogada no último lance da partida contra o Timão no Maracanã, pelo Brasileiro, e cruzou na cabeça de Bruno Henrique para fazer o gol da vitória.
Porém, Rodinei nunca conseguiu ser unanimidade na posição, nem entre torcedores e nem entre os treinadores que passaram pelo Flamengo. Com a chegada de Dorival Júnior, o camisa 22 se tornou titular indiscutível, rendendo elogios de Arturo Vidal e sendo chamado de “Avión”. Com ótimas atuações, Rodinei passou a ser pedido na seleção brasileira. As boas partidas foram rendendo confiança e aperfeiçoando o trabalho.
Na decisão da Copa do Brasil, foi menos participativo no ataque por conta da marcação em Róger Guedes. Mas, apesar de não ter decolado no campo ofensivo como os torcedores estão acostumados a ver, Rodinei estava guardando sua melhor participação na última bola da final. Após o pênalti perdido por Mateus Vital, coube ao lateral do Flamengo a converter a sétima cobrança e garantir o título. E deslocando Cássio, o camisa 22 derrubou a desconfiança e decretou o tetra em vermelho e preto.
– Eu estava focado, treinei dois meses, muito concentrado, sabia que uma hora poderia precisar. Com toda qualidade que a gente tem acabamos tomando um gol que nem sei como tomamos. Muito feliz de fazer o gol do título para a alegria da nação. Estou aqui há seis anos e 10 meses e ainda não vivi isso, jogar uma final e ser um dos protagonistas – finalizou Rodinei.
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Antes de mais uma decisão de Libertadores, o Flamengo tem dois jogos pelo Campeonato Brasileiro. No sábado (22), o Rubro-Negro enfrenta o América-MG, às 19h (horário de Brasília), na Arena Independência, em Belo Horizonte. Na próxima terça-feira (25), o time carioca recebe o Santos no Maracanã, às 21h45.