Guarani

Dérbi histórico, melhor atleta e palpite: entrevista do presidente do Guarani

Publicado em

Crédito: Thomaz Marostegan / Guarani FC
— Continua depois da publicidade —

Ricardo Miguel Moisés, presidente do Conselho de Administração do Guarani, é um dos entusiastas do Dérbi Campineiro.

Homem-forte do Bugre desde setembro de 2019, a partir da renúncia de Palmeron Mendes Filho, mandatário, em entrevista ao jornal Correio Popular, contou histórias de bastidores em clássico e também apontou o principal jogador que viu em campo no lado verde e branco.

+ Classificação às quartas e tabu histórico: Guarani visa metas no Dérbi 199

Publicidade

Moisés, no cargo até 2023, fez menção às vitórias alviverdes no Dérbi do Século, notabilizado por dois gols de Medina, na semifinal do Paulista, e na épica virada, no Estadual de 2020, por 3 a 2, um dia após ter eleito pelos sócios.

1) Como presidente, qual foi o dérbi mais inesquecível? E como torcedor de arquibancada?

Como presidente, o dérbi mais inesquecível foi a virada, pelo placar de 3 a 12, em 2020. Já como torcedor, foi aquela semifinal do Campeonato Paulista de 2012, com a vitória por 3 a 1, de virada. Foi ganhar o dérbi e disputar a final do Paulistão em seguida.

2) Qual foi o melhor Guarani que você já viu em um dérbi?

O melhor time foi o de 1995, no Campeonato Paulista. Não ganhamos o dérbi por consequência. Enquanto Amoroso esteva em campo, a gente ganhava por 2 a 0, com gols de Djalminha e Amoroso. Ele foi expulso e acabou empatado, mas aquele jogo ficou gravado na minha memória: Hiran; Marcinho, Cláudio, Valmir e Dedé; Fernando, Valdeir, Fábio Augusto e Djalminha; Amoroso e Luizão. O técnico era o Seu Pepe.

3) Qual é o principal segredo/armadilha para vencer um dérbi?

O maior de todos os detalhes é saber passar ao elenco e à comissão técnica toda a importância desta partida tão especial. Porém, é conseguir manter o foco e a segurança de que a partida é resolvida dentro das quatro linhas, com muita dedicação, empenho, suor e raça.

4) Como presidente da instituição, o que pretende passar ao elenco antes do jogo?

Nós confiamos no trabalho do treinador Allan Aal, de toda sua comissão técnica e do comando do Departamento de Futebol profissional. Como presidente e torcedor, tudo o que posso pedir a eles é que entrem em campo e representem essa camisa com a importância que ela tem, num jogo tão diferente. Tudo aquilo que estiver ao alcance do Conselho de Administração será feito para que eles possam entrar em campo e decidir no gramado.

5) Os dias que antecedem o dérbi são sempre especiais pela atmosfera criada. O aspecto psicológico, neste momento, preocupa mais do que o técnico em si?

Como disse numa das perguntas anteriores, o clima é diferente e a rivalidade é aflorada, mas a decisão do jogo depende fundamentalmente do bom trabalho feito na preparação da equipe e, depois, do que eles fizerem dentro de campo. É preciso encontrar o equilíbrio entre o técnico, o tático e o emocional. Esse é o grande diferencial para se vencer um dérbi.

6) Qual melhor jogador que já viu em campo pelo seu time em um dérbi e por que?

Sem dúvida, foi o Amoroso. Craque de bola, jogador diferenciado e formado na nossa base. Ele era muito acima da média. Jogava de camisa 10, beirada de campo e centroavante. Em todas as posições, Amoroso era o melhor em campo.

 7) A rivalidade entre os times é verdadeira, mas respeitosa. Porém, torcedores entraram muitas vezes em conflito. Qual é a mensagem que o senhor pode dar ao torcedor?

Ao nosso torcedor, a mensagem que fica é de estar sempre conosco, empurrando e incentivando o time. Neste momento delicado que vivemos, é importante que não haja aglomerações nas ruas e em locais diversos. Nós entraremos em campo cientes de toda a responsabilidade que a partida tem, da relevância deste clássico para o futebol brasileiro e, principalmente, com a responsabilidade de honrar e respeitar nossa torcida. Que essa rivalidade fique restrita às quatro linhas e aos pouco mais de 90 minutos de jogo.

8) O dérbi é um jogo de muitas histórias e contos. O senhor tem algum fato curioso do clássico que tenha presenciado ou ouvido dizer?

No dérbi da semifinal de 2012, o Guarani saiu perdendo por 1 a 0. Perdemos o Fumagalli ainda no primeiro tempo e, no vestiário, o atacante Fabinho foi decisivo. Chamou o time e disse: quem quiser ganhar esse jogo sobe a escada comigo e quem não quiser pode ficar no vestiário e vai ficar de fora da festa. O resultado foi que empatamos com Fábio Bahia e, depois, viramos com dois gols do Medina. Isso mostra a importância da liderança e o poder de reação de um grupo.

9) Arrisca um palpite?

Vamos trabalhar muito. O meu palpite é jogo difícil e vitória do Guarani.

Siga o Esporte News Mundo no TwitterFacebook e Instagram.

Clique para comentar

As mais acessadas

Sair da versão mobile