O dia 4 de dezembro de 2011 é histórico na história do Sport Club Corinthians Paulista. Foi uma mistura de sensações, de tristeza e alegria. Nesta ordem.
Tudo começou de madrugada, quando às 04h30 da manhã, Doutor Sócrates, um dos maiores ídolos da história do Timão, faleceu em decorrência de uma falência de múltiplos órgãos em decorrência do choque séptico, aos 57anos. Sócrates tinha problemas com o alcoolismo e a cirrose causou a sua morte.
Já às 16h, no Pacaembu, Corinthians e Palmeiras se enfrentariam em jogo válido pela última rodada do Campeonato Brasileiro. Um empate bastava para o Timão conquistar o pentacampeonato – que de fato aconteceu. A partida terminou empatada em 0 a 0.
Antes do apito inicial, jogadores e torcedores do Corinthians levantaram o braço direito, com o punho fechado, em referência ao gesto imoratlizado por Sócrates ao comemorar os seus gols.
Ao fim daquele dia, o Corinthians terminou campeão Brasileiro e o Doutor Sócrates foi homenageado pelos millhões de torcedores corinthianos espalhados pelo Brasil e mundo afora.
Júlio César, goleiro titular do Corinthians naquela partida e ao longo da competição, relembrou o Derby, que deu o título ao alvinegro, em entrevista exclusiva ao ENM .
— Foi uma partida muito especial. Clássico sempre é importante. Contra o Palmeiras, que é o rival histórico, fica ainda mais importante. Foi um jogo muito nervoso, muito tenso, porque valia um título para nós e o Palmeiras estava ali, simplesmente, para atrapalhar o maior rival dele de ser campeão — disse.
— A gente sabia que ia encontrar muita dificuldade, mas a gente sabia também que tinha muita coisa em jogo (o título Brasileiro). Nós jogamos totalmente seguros, sem querer se expor muito, pois o empate já resolvia. Até mesmo com uma derrota, (aliada) com uma derrota do Vasco (para o Flamengo) nos faria campeões. Mas o empate só dependeria da gente. Então foi um jogo muito tranquilo, sem se expor muito, e graças a Deus um ‘empatezinho’ já deixou a gente como campeão Brasileiro — completou.
Jorge Henrique faz o ”chute no ar”
O meia Valdívia, do Palmeiras, quando estava vencendo os clássicos contra o Corinthians, tinha o costume de dar o famoso ”chute no ar”. Jorge Henrique, atacante do alvinegro à época, fez o rival provar do mesmo veneno e gerou uma enorme confusão. Resultado: João Vítor foi expulso pelo lado alviverde e Leandro Castán pelo Timão.
— Foi uma confusão começada por eles (Palmeiras), porque era uma provocação que a gente sempre sofria por conta do Valdívia. Era uma coisa que ele fazia, um recurso dele. Acho que estava no direito dele, mas quando foi ao contrário, eles não gostaram. Quando você usa de uma arma e depois essa mesma arma te fere, eu acho que você não está no direito de achar ruim. Mas, por se tratar de uma final, por os nervos já estarem à flor da pele, eu já sabia que ia ter uma confusão, que não é nenhuma novidade no clássico Corinthians x Palmeiras — disse Júlio César ao ENM.
Campeão em cima do maior rival
Questionado sobre a emoção de poder conquitar um título em cima do Palmeiras, mesmo que não fosse uma final, Júlio disse que tem ”um gosto especial”.
—Tem um gosto especial, sim. Claro que a gente sabia que não era uma final contra eles (Palmeiras). Mas, quando tem um clássico no último jogo e você sai campeão, por já ser um clássico e depois ainda comemorar o título, eu acho que fica um pouco mais especial por tudo que envolve. Mas, principalmente nos pontos corridos, você não ganha só do seu rival, você ganha de todos — finalizou.
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