Copa do Mundo - Qatar 2022

Didier Deschamps destaca poder de reação da França, mas lamenta vice-campeonato mundial

Didier Deschamps, técnico da França
Clive Brunskill/Getty Images

A França não conseguiu repetir o feito de Brasil e Itália em conquistar dois títulos mundiais consecutivos. Na partida final da Copa do Mundo 2022, disputada neste domingo (18) no Estádio Lusail Iconic, em Lusail/QAT, les Bleus lutaram até o fim, mas foram vencidos pela Argentina. Com a bola em jogo, empate em 3 a 3. Nos pênaltis, derrota por 4 a 2. Como destaques franceses, o poder de reação da equipe ao buscar dois gols em menos de dois minutos e novamente igualar o jogo na prorrogação, com os três gols marcados por Mbappé, artilheiro da competição. Em entrevista coletiva, o técnico Didier Deschamps citou qualidades de seus comandados e destacou qualidade da Argentina para conquistar o tricampeonato.

“Não houve jogo durante 60 minutos. O adversário mostrou muita qualidade, agressividade e não estivemos muito bem por motivos diversos. Apesar de tudo, voltamos do nada revertendo uma situação muito comprometida e isso é o que dá mais pesar. Tivemos uma bola para conquistarmos a Copa do Mundo, mas ela não sorriu para nós. Se perdêssemos por 2 a 0 ou 3 a 0, não teríamos os mesmos arrependimentos e teríamos dado apenas os parabéns. Mas dou parabéns à equipe argentina. Mostrou qualidade, agressividade, até astúcia. Isso não deve tirar o mérito deles.”

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O comandante francês reconheceu que a partida, intensa e movimentada até o fim, foi um show de emoções. Deschamps lamentou a derrota, mas exaltou as substituições e a participação de jovens jogadores, fundamentais para deixar a seleção viva até o fim, como o caso de Randal Kolo Muani, Marcus Thuram e Eduardo Camavinga, fundamentais no poder de reação da França durante a partida com os três gols marcados e a artilharia de Mbappé.

“Houve muitas emoções, mas foi cruel no final. Estávamos bem perto de algo que poderíamos ter conquistado, mas não foi o caso. São vários os motivos que nos levaram a não estar tão bem, com menos energia em vários jogadores importantes. Apesar de tudo, com a entrada de jogadores jovens, certamente com menos experiência, mas com mais disposição e qualidade, fizemos o que era preciso para darmos o direito de sonhar. Mas o sonho não se concretizou.”

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Diante do surto de gripe que acometeu alguns jogadores, ausentes durante a semifinal contra o Marrocos e nos treinamentos para a grande decisão, o técnico da seleção francesa afirmou que o grupo foi impactado de alguma forma por isso, mas não conseguiu mensurar o quanto interferiu no desempenho dos atletas escalados, além de destacar que a permanência ou não no cargo será discutida no começo do próximo ano.

“Todo o grupo foi submetido a isso. Não sei qual o impacto físico ou psicológico. Mas, para os jogadores que começaram, não tive preocupações. Também pode ser a sequência de partidas. Não é desculpa, mas não tínhamos o dinamismo que tínhamos até agora. Por isso que não houve jogo por uma hora. Mesmo que o resultado da final fosse o contrário, eu não teria dado a resposta de permanecer na seleção. Estou muito triste pelos jogadores, pela comissão técnica. Eu terei encontro marcado com o presidente no início do ano e vocês saberão.”

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