Futebol Internacional

Diretor do Shakhtar critica a Fifa pelo tratamento à guerra na Ucrânia

Photo by GENYA SAVILOV/AFP via Getty Images

O diretor esportivo do Shakhtar Donetsk, Darijo Srna, falou na véspera do jogo contra o Real Madrid que vale liderança do grupo F na Champions League, e criticou abertamente a Fifa por falta de apoio ao time em meio à Guerra na Ucrânia.

“A Uefa fez de tudo o que podia para nos ajudar e o futebol ucraniano. A Fifa, por sua vez, nos destruiu. Não nos protegeu em nenhum momento. Se fosse o Real Madrid, o Sevilla, o Barcelona ou o Bayern nesta situação, tenho certeza de que ajudariam rapidamente. Gostaria que alguém da Fifa viesse à Ucrânia, convivesse conosco e outros times para sentir como é viver com sirenes e bombas.” disse Srna, em entrevista ao jornal espanhol “Marca”.

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O diretor informou na entrevista que jogadores como: os israelense Solomon e o brasileiro Tetê ainda tem mais um ano e meio de contrato com o clube ucraniano, mas acabaram sendo emprestados ao Fulham e Lyon, e quando voltarem só terão mais seis meses de vínculo e podendo fechar um pré-contrato com outras equipes.

Darijo Srna,ex-lateral da seleção da Croácia, atuou no Shakhtar entre 2003 e 2018. Ele voltou ao clube em 2019 e foi assistente técnico. Desde 2020, Srna assumiu o posto de diretor esportivo.

Darijo Srna quando atuava pelo Shakhtar Donetsk – CRISTINA QUICLER/AFP via Getty Images

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Darijo relatou das dificuldades no clube nos últimos anos. Antes da guerra entre Rússia e Ucrânia, a cidade de Donetsk sofreu com o conflito na região de Donbass, em 2014.

“Tivemos que abandonar a nossa casa, o nosso estádio, nosso centro de treinamento. Nossos torcedores estão espalhados pelo mundo. Nos mudamos para Kiev e, logo quando nos adaptamos, começa outra guerra. É difícil explicar a nossa vida desde 2014 até hoje.” desabafou o diretor.

Nesta quarta-feira (05), o Shakhtar Donetsk irá enfrentar o Real Madrid, no Estádio Santiago Bérnabeu, e o elenco encarou uma viagem de sete a oito horas de viagem de ônibus até a Polônia, pois não puderam voar na Ucrânia. Depois foram mais quatro horas de avião até a capital espanhola.

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