Vasco

Diretores da SAF do Vasco renunciam ao comando da 777 Partners

Josh Wander em São Januário (Foto: Rafael Ribeiro/Vasco)

Josh Wander, Pasko e Mollie, irmã de Wander, também entregou seu cargo

Foto: Rafael Ribeiro/Vasco

Nesta sexta-feira, foi divulgada a renúncia de Josh e Molly Wander, além de Steven Pasko, como gerentes da 777 Partners e da 600 Partners LLC. Segundo informações divulgadas pelo jornalista Philippe Auclair, um documento constatou que os executivos deixaram, em 6 de maio, o comando das empresas responsáveis pela gestão do Vasco da Gama e de outras equipes de futebol.

– No dia 6 de maio de 2024, depois de consulta com a B.Riley (consultoria de reestruturação contratada), o senhor (Steve) Pasko, o senhor (Josh) Wander renunciaram como diretores da 777 Partners LLC. O senhor Pasko e Mollie Wander também renunciaram como diretores da 600 Partners LLC. No mesmo dia, os membros dessas empresas aceitaram as renúncias e elegeram Ian Ratner e Ronald Glass, da B.Riley, como diretores de ambas as entidades.

– Nesse momento, profissionais da B.Riley têm o controle independente e unilateral das entidades da 777 e das empresas que operam sob sua supervisão e direção”, diz trecho do comunicado.

Após a renúncia, eles apontaram como novos gestores os chefes da companhia financeira B.Riley, sediada em Los Angeles, EUA. Em meio a uma crise institucional, a 777 Partners foi retirada do comando do Vasco, após uma liminar concedida pela Justiça do Rio de Janeiro, na quinta-feira (15).

A empresa também recebeu uma sentença judicial na Bélgica (onde controla o Standard Liège) e teve seus bens bloqueados no país. Após a divulgação dos eventos recentes, a 777 se posicionou questionando as decisões jurídicas. Veja a nota na íntegra:

NOTA OFICIAL

“A 777 Partners recebeu com surpresa e indignação, por meio dos veículos de comunicação, a decisão, em caráter provisório, de afastar a empresa do comando do Vasco SAF.

A liminar, proferida durante a noite em um caso no qual não tivemos acesso aos autos para responder legitimamente, é uma aberração jurídica e coloca em xeque não apenas o futuro do Vasco da Gama, mas o sistema do futebol brasileiro como um todo. Somos investidores internacionais, confiamos no Brasil e na Lei da SAF, projeto criado para permitir a recuperação de grandes clubes por meio de injeção de capital e gestão profissional.

Desde a aquisição de 70% das ações da Vasco SAF, não deixamos de cumprir uma única cláusula contratual com o CRVG, injetamos mais de R$310 milhões no caixa, aporte essencial para iniciar um projeto de reconstrução do clube. Formamos um novo Vasco, onde os salários de atletas e funcionários são pagos em dia, credores são respeitados e dívidas são quitadas, fatos raros no futebol brasileiro.

O trabalho de reconstrução é agora suspenso por uma decisão monocrática, sem nenhum embasamento legal e motivada pelos desejos egoístas da nova administração. O episódio, ainda que em caráter liminar, certamente trará efeitos negativos para o time de futebol. A insegurança jurídica provocada pelo fato ameaça também o futuro do futebol brasileiro. Não há dúvidas de que trará consequências desastrosas para a Lei da SAF. A pergunta que fica é: que empresa terá coragem para investir milhões de dólares em uma SAF com o risco de perder o poder de comando do dia para a noite em uma canetada, sem ter cometido uma única infração contratual?

Lamentamos profundamente a posição belicosa e intransigente dos novos dirigentes do CRVG, em especial de seu presidente, que nunca se dispôs a discutir soluções para o Vasco no foro adequado, as reuniões do Conselho de Administração da SAF.

Enquanto fomos atacados publicamente pelos novos representantes da associação, seguimos trabalhando diuturnamente pelo Vasco e honrando todas as nossas obrigações. Há uma semana, por exemplo, anunciamos o maior contrato de patrocínio da história centenária do clube.

Queremos reafirmar nosso compromisso com o Vasco e sua enorme torcida, logo que as condições para que o processo de reconstrução do clube sejam restabelecidas, com a reversão da decisão.

Reiteramos nossa confiança na Justiça e nas leis do Brasil e temos absoluta certeza de que a absurda liminar será derrubada quando a 777 Partners for notificada e puder apresentar a defesa no processo”.

Clique para comentar

Comente esta reportagem

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

As últimas

Para o Topo