Seleção Brasileira

Dorival vê que o Brasil apresentou ‘coisas bem positivas’, mas aponta problema nas finalizações

Dorival Júnior. (Foto: Rafael Ribeiro/CBF)

O técnico avaliou o empate sem gols com a Costa Rica

Foto: Rafael Ribeiro/CBF

Mesmo com o empate frustrante por 0 a 0 com a Costa Rica, na estreia da Copa América ,o técnico Dorival Júnior conseguiu observar pontos positivos na seleção brasileira. Ele admitiu que o Brasil teve erros nas movimentações e finalizações, mas ponderou que achou aspectos positivos no seu ponto de vista. 

– Eu acredito que o jogo, dentro de um contexto, foi um jogo bem disputado. Nós tivemos a maior parte do tempo com troca de passes. Perspectivas pelos lados, por dentro, jogamos com aproximação, criamos boas oportunidades. Não fomos felizes nas finalizações, concordo, mas, de um modo geral, eu acho que nós apresentamos coisas bem positivas. Hoje em dia serão assim, nós temos naturalmente que encontramos caminhos e soluções, isso é um fato. E os trabalhos são nesse sentido sempre, para que melhoremos a cada momento. Eu acho que isso está acontecendo, é natural que não aparecendo o resultado positivo, os questionamentos acabam acontecendo, mas eu tenho consciência daquilo que está sendo desenvolvido, daquilo que foi pedido, do volume que nós apresentamos e do trabalho que foi realizado – disse Dorival.

Ao ser questionado sobre o que faltou para a seleção romper a retranca montada pelo sistema defensivo costarriquenho, o técnico optou que na visão dele a seleção precisa fazer mais de um “movimento sujo” e explicou: 

-Precisamos de um movimento sujo, movimento de ataque a ultima linha, movimento de dez passes atrás da linha adversária e abertura maior frontal a esse movimento de linha para que possamos facilitar a vida de quem tenha a bola nos pés. Foi a maior dificuldade encontrada. Faltaram alguns movimentos em profundidade e tivemos dificuldade maior. Esse movimento carrega a linha para cima do goleiro e abrem espaços para trabalhar a bola por trás.-explicou o técnico da seleção.- explicou. 

Dorival comentou também sobre sua escolha de optar por substituir Vinicius Junior durante sua primeira leva de substituições logo aos 25 minutos do segundo tempo.

– Nós colocamos (o Vini Jr) pelo lado, não tivemos sucesso. Colocamos por dentro, também não víamos encontrando um caminho, ele estava muito bem marcado. Nós tínhamos que buscar uma solução, tentando uma mudança. O nosso time estava muito bem postado, ganhando a maioria das jogadas e em razão de ganhar essas segundas bolas. Nós estávamos apresentando um volume de jogo muito bom. Nós tivemos que fazer mudanças em peças. Tentamos várias alternativas, várias situações foram criadas, acabamos não tendo sucesso nas finalizações.- afirmou o técnico. 

Ao ser perguntado sobre suas substituições e a análise do jogo, o técnico explicou suas substituições e que elas acontecem conforme o momento de cada partida. Na visão do treinador, a seleção criou poucas oportunidades e não foi feliz na sua pontaria. 

 – De um modo geral, a entrada vai muito do momento das partidas, precisamos de preenchimento de área, um homem mais na área, seria Endrick ou Evanilson, eram as opções para trabalhar na área, já que as bolas chegavam naquele miolo. Bolas atravessadas, à meia altura, troca de passes, vinhamos por dentro e por fora, tivemos oportunidades limpas para concluir e não fomos felizes hoje. O ponto forte da equipe adversária é que se comportou bem, definida do início ao fim, mesmo com as chances criadas, se dedicou, marcou com força, as dobras aconteciam em todos os setores. Criamos muitas oportunidades, mas não fomos tão felizes nas definições. Mas o Brasil jogou dentro do que estamos treinando, retomada de bolas rápidas, e ao mesmo tempo o volume apresentado. faltou o detalhe principal.-explicou Dorival. 

Buscando sua primeira vitória na Copa América, o Brasil volta a campo na próxima sexta-feira, quando irá enfrentar o Paraguai, às 22h00 (horário de Brasília), em Las Vegas. 

Veja abaixo outras respostas do técnico

Faltou ter improviso?

– De um modo geral, isso aconteceu em muitos momentos tivemos o um pra um, rodamos bem a bola, transitamos bem a bola na frente da área, viramos de um lado para o outro mas a dobra de marcação era rápida, é um campo reduzido na vertical e horizontal, isso facilita para quem defende e dificulta para quem ataca, as dobras são rápidas. Vini recebia a bola com dois homens e um terceiro aproximando na linha de cinco, com Raphinha mesma coisa, tentamos com Savinho e tivemos sucesso em muitos momentos, Raphinha também. Faltou detalhe, a definição, a liberadade foi dada. A defesa da equipe costa riquinha estava bem posicionada, trocamos passes em velocidades, buscamos criar. Quando tem balanço rápido de marcação, a dificuldade é maior. Aconteceu e acontecerá em jogos seguintes.

A seleção deixou de fazer algo que foi treinado

– Movimento sujo de ataque à ultima linha, fundamental um jogador que estique mais, abrem-se espaços e cria-se oportunidades. Perdemos profundidade e precisamos encontrar esse caminho. Foi o que mais trabalhamos nestes 15 ou 20 dias. É natural que na partida o atleta não encontre o espaço para esse movimento. Quando tivemos, duas ou três vezes com Rapnhia, puxava o marcador e atacava a ultima linha, o mesmo com Savinho. Faltou esse trabalho entre os tres zagueiros adversários para termos mais possibilidades de entrarmos por dentro da zaga. Tivemos coisas muitos boa na partida, a retomada de bola foi impressionante em função do trabalho dos nossos armadores, a reação pós perda é fundamental para se reposicionar e atacar. Deixamos de fazer o trabalho principal que seria fundamental para espaçar a linha adversaria.

Impacto para o próximo jogo

– Mesmo sentimento de se tivéssemos vencido. É ter o controle necessário para envolver o adversário, respeitando o adversário. Assim lutaremos pela classificação. Se o resultado não aconteceu por detalhes, temos de melhorar alguns aspectos, mas apresentamos cosias boas que, melhorados, podem nos ajudar nos próximos jogos

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