Em uma decisão que pegou muitos de surpresa, no dia 4 de julho, Fernando Diniz era anunciado como técnico interino da seleção brasileira. Houve muitos questionamentos e críticas sobre como ele iria conciliar Brasil e Fluminense ao mesmo tempo. Porém, o que se sabe é que, dois meses depois, o treinador finalmente irá fazer sua estreia pela Amarelinha nesta sexta (8), às 21h45, contra a Bolívia, em partida válida pela 1ª rodada das eliminatórias para a Copa do Mundo de 2026.
Entretanto, um questionamento a ser levantado, e que foi pouco debatido, é: e se Fernando Diniz der certo na seleção? Como fica a situação para o Fluminense?
Em teoria, Diniz ficaria apenas até o final do ano no comando do Brasil e após isso “passaria a tocha” para Carlo Ancelotti, alvo principal da CBF para o cargo de treinador desde a saída de Tite no final de 2022. No entanto, a negociação com o técnico italiano virou uma novela que se arrastou por bastante tempo, onde a entidade confirmava negociações e um desfecho próximo com o comandante do Real Madrid, mas ao mesmo tempo Ancelotti negava tudo e reafirmava seu compromisso com o clube espanhol até o final do seu contrato, em junho de 2024.
O treinador tricolor é altamente elogiado pelos líderes do elenco da seleção, e inclusive já foi pedido de Neymar antes mesmo de tudo isso acontecer. Então, caso Diniz venha a ter um bom desempenho comandando o Brasil nas primeiras rodadas das eliminatórias, as chances de no final do ano a CBF “esquecer” Carlo Ancelotti e o promover de interino para fixo são muito altas, ainda mais se os jogadores fizerem esse lobby pela sua permanência.
Na internet, amantes do futebol de outros países se derretem e aguardam com ansiedade a sua estreia, esperando que ele resgate a essência de jogar bonito do futebol brasileiro.
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Com tudo isso pesando ao lado do treinador, ficaria cada vez mais difícil a sua permanência no Fluminense para o ano de 2024. Algo que já é até falado por tricolores desde o anúncio oficial feito pela CBF em julho.
O time que já vivia em um processo de reconstrução desde 2020, teria que passar por mais um, indo desde seu treinador, onde um projeto de trabalho a longo prazo era visado, até seus jogadores destaques, caso o título da Libertadores venha, já que André, Arias e Nino, por exemplo, tem seus nomes constantemente sendo falados Europa afora.
Portanto, o que restaria ao Fluminense seria começar 2024 com um treinador que não seja Diniz, mas com alguém que se assemelhe no que o atual comandante tricolor enxerga como futebol. Mesmo assim, seria uma perda muito complicada de se substituir, afinal não há ninguém no mundo futebolístico sul-americano igual a Fernando.
