Após derrota do Fluminense para o Vasco no Nilton Santos, o auxiliar técnico reclamou do critério da arbitragem e confessou má atuação da zaga
Para Eduardo, o VAR falhou em não marcar falta para o Fluminense em Germán Cano no lance que originou o primeiro gol da equipe vascaína no clássico, marcado por Praxedes:
– A minha análise do resultado tem que incluir infelizmente mais um erro do VAR contra a nossa equipe. Lance capital numa saída de jogo nosso. Uma falta difícil para a arbitragem no campo, dada a velocidade do lance. Mas, com todo os recursos que temos à disposição para qualificar o jogo, o VAR não pode deixar de analisar o lance com critério. Há tanto uma carga nas costas do Cano, mas principalmente há um pisão no pé esquerdo, no calcanhar do Cano. É o lance faltoso. É por isso que ele sai na sequência do lance rolando de dor.
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Na parte tática, Barros creditou parcela da derrota aos erros defensivos do Fluminense durante a partida, principalmente nas jogadas de bolas aéreas do Vasco, grande arma cruzmaltina no clássico:
– O Vasco tem os méritos e foi eficiente, sim, no jogo aéreo. E, a partir disso, existem as nossas inúmeras falhas defensivas no jogo de hoje. A gente precisa corrigir isso para a sequência da temporada. Apesar das falhas defensivas, temos que ter a competência de analisar o que a equipe fez bem no jogo. Nós produzimos bastante para o resultado do jogo ter sido diferente. Estivemos por muitos momentos melhor na partida que o nosso adversário, em que pese que o resultado final tenha sido favorável ao Vasco.
Em fala curta, o auxiliar também atualizou a condição física de Jhon Arias, que teve uma entorse no tornozelo direito em análise rápida feita pelo departamento médico:
– Falei rapidamente. Falei também com o médico e o Arias será melhor avaliado amanhã. É uma entorse de tornozelo, mas a gente não sabe ainda a gravidade.
Ainda sobre as falhas no jogo aéreo, Eduardo Barros não conciliou a má atuação defensiva do Fluminense à ausência de Felipe Melo, que não foi relacionado por se queixar de dores na panturrilha:
– Em relação à ausência de um zagueiro, ela não influenciou absolutamente em nada o resultado do jogo. No primeiro lance, quem faz o gol é o meio-campista do Vasco (Praxedes) que infiltra em uma zona que deveria estar melhor protegida. Sobretudo porque nessa circunstância a gente estava com um jogador a menos, uma vez que o Cano estava no chão. No lance de escanteio, faltou muito mais atitude dos nossos jogadores protegerem o movimento, que era um movimento conhecido, do que propriamente a estrutura. Tomamos um gol no setor que via de regra protege muito bem ao longo dos mais de 50 jogos. O quarto gol é um contra-ataque e a estatura não influencia em nada o que aconteceu na jogada.
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Confira outras falas de Eduardo Barros:
Ausência de Ganso
– Todos os jogadores que têm sido titulares ao longo da temporada têm a relevância para a manutenção do desempenho da equipe. O Ganso tem, por característica, a capacidade e a facilidade de encontrar passes em jogos que estão muito travados. E hoje foi um desses jogos. Não consigo apontar especialmente algum tipo de falta que ele fez hoje porque, mesmo com a ausência do Ganso, o nosso volume de jogo ofensivo é elogiável. A produtividade da nossa equipe e o repertório foram muito positivos. Conseguimos ser eficientes a ponto de fazer dois gols, e o problema do jogo não está aí. O problema do jogo está na nossa incapacidade de ter defendido melhor a balizar do Fábio.
Marcelo por dentro
– Jogadores técnicos e inteligentes têm que participar muito do jogo. E a postura de marcação do Vasco, já de largada e inclusive após fazerem o primeiro gol, deixou o Marcelo em uma boa parte do primeiro tempo distante de ações em que pudesse ser mais decisivo. Se vocês lembrarem, em outras oportunidades, inclusive na final do Carioca, o Marcelo apareceu por dentro. Então essa é uma variação que o modelo de jogo do Fernando Diniz tem para privilegiar que jogadores como ele de estarem mais próximos da bola, onde eles podem ser mais decisivos.