Os Estados Unidos deram o primeiro passo na Copa do Mundo do Qatar, em um empate em 1 a 1 contra o País de Gales, nesta segunda-feira (21). A partida, que teve contornos dramáticos para os dois lados, marcou o retorno dos galeses após 64 anos e dos próprios ‘yankees‘, que estiveram no sofá durante o Mundial da Rússia, em 2018.
Segundo estimativas da FIFA, são esperados que até 5 bilhões de pessoas, em todo o mundo, acompanhem pelo menos uma partida do Mundial, o que significará a maior audiência já alcançada em uma Copa do Mundo. Um dos fatores para essa aposta é o fato de ser o primeiro torneio realizado após a pandemia da Covid-19.
No entanto, em alguns países o futebol está alheio aos acontecimentos locais. Em especial, os Estados Unidos parecem não ter dado tanta importância para o evento. Nenhum dos grandes canais de comunicação norte-americano noticiou como destaque a estreia do país.
A Fox, canal de televisão detentor dos direitos da Copa do Mundo, tem optado por transmitir as partidas do Mundial em seu serviço de streaming, enquanto na televisão passarão apenas os jogos dos norte-americanos. No site da emissora, apenas na parte da ‘Fox Sports’ há algum destaque para os Estados Unidos.
Tanto as capas do ‘Los Angeles Times’ e do ‘The New York Times’, dois dos principais jornais norte-americanos, preferiram dar sua página principal para o atentado em Colorado Springs, onde um homem disparou inúmeras vezes contra uma boate LGBT, resultando em 25 feridos e 5 mortos até o momento.
O New York Post sequer citou que haveria partida dos EUA na Copa do Mundo, a manchete do jornal foi reservada para a revelação de cicatrizes no rosto do astro da TV americana, Jay Leno. Das gigantes das notícias dos EUA, apenas a CNN noticiou com detalhes a partida entre norte-americanos e galeses.
Nos Estados Unidos, o futebol (que nós conhecemos, MLS) é apenas o 5º esporte com maior repercussão no país, atrás dos ‘favoritos’ dos norte-americanos como o futebol americano (NFL), basquete (NBA), beisebal (MBL) e hóquei no gelo (NHL). Diferente das Olímpiadas, a Copa do Mundo tem procura apenas nos jogos do próprio EUA ou em partidas de enorme apelo como os clássicos de rivalidade.
Mas isso não significa que os EUA fracassarão em abraçar o futebol. O país tem um recorde na audiência internacional com a final da Copa do Mundo de futebol feminino em 2019, onde 20 milhões de norte-americanos acompanharam a final vencida por eles na TV Aberta. E desde 2014, o esporte vem em uma excelente escalada de audiência, principalmente nas fases finais.
Jogadores dos EUA receberam reforço importante
Os EUA fizeram sua estreia na Copa do Mundo nesta segunda-feira, o empate em 1 a 1 contra o País de Gales repercutiu pela partida dramática envolvendo as duas equipes. Mesmo com o estádio repleto de espaços vazios na arquibancada, a torcida galesa deu um show.
Se para o País de Gales a torcida ajudou na recuperação do placar, para os EUA a ligação do presidente Joe Biden fez toda a diferença no ímpeto do primeiro tempo. O mandatário norte-americano incentivou os jogadores a buscarem o melhor resultado possível na Copa do Mundo na véspera do confronto.
“Sei que vocês não são os favoritos, mas vocês têm alguns dos melhores jogadores do mundo em sua equipe e estão representando este país. Vamos surpreender a todos”, disse Biden aos jogadores, por meio de uma ligação feita diretamente da Casa Branca.
“Sei que vão jogar com o coração. Vamos surpreendê-los. Continuem confiando uns nos outros e joguem o máximo que puderem. Por vocês, suas famílias, e pelos seus companheiros“, completou o presidente. Coube ao técnico dos Estados Unidos, Gregg Berhalter, agradecer a mensagem vinda do democrata, presidente da maior potência do planeta.
“É uma mensagem muito amável, senhor presidente. Todo o time está aqui agora mesmo, agradecemos muito por seu apoio e estamos prontos”, afirmou o comandante norte-americano, que foi vital para o retorno dos EUA a uma Copa do Mundo.
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