Campeonato Brasileiro

Em jogo marcado por violência, António Oliveira, do Cuiabá, declara: ‘Não tem espaço para isso no futebol’

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FOTO:ASSCOM DOURADO
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Após um jogo movimentado, o Cuiabá conseguiu sair de Fortaleza com um empate em 1 a 1 contra a equipe do Ceará. Marcado pelo tumulto nos minutos finais do jogo, o confronto também foi marcado pela dedicação e pelo desempenho da equipe cuiabana, que conseguiu manter-se na vitória e fora do z-4 por alguns minutos, antes do empate da equipe do Vozão. O técnico António Oliveira falou um pouco sobre o jogo e sobre a confusão que marcou o final da partida

“Um sentimento amargo pelo fato da vitória estava muito perto e ao nosso alcance, independente de estarmos 11 e depois com 10, essas são os tipos de peripécias que vão acontecendo, mas está uma faxina imensa em conduzir essa equipe, a medida que os problemas vão surgindo, vamos encontrando soluções, e é por isso que estou aqui e é de um prazer enorme. Não me dá um prazer enorme quando os problemas surgem, mas dá um prazer enorme arranjar as soluções para que os problemas, como hoje mais uma vez, ficamos sem um lateral esquerdo e reinventamos alguém para ficar no lugar.”

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O Cuiabá precisava da vitória para somar os três pontos nesse confronto direto, o que não aconteceu, mas o treinador pontuou a importância desse único ponto para a permanência da série A.

“Acho que a vitória nos satisfazia pela forma que nós nos preparamos, pela estratégia que foi traçada por esse jogo, e pela forma que os jogadores se entregaram de corpo e alma pela equipe. Poderia ser três, mas já que é um, será um ponto importante na nossa caminhada.”

Acreditando na equipe que possui para conseguir ficar na elite do Brasileirão, António Oliveira pontuou que teve uma conversa sincera com os jogadores antes do jogo, exigindo um maior empenho nas partidas.

-Esse esforço, essa dedicação, este sofrimento, esta superação que também é fundamental nos grupos, e perceber claramente e eu expressei isso antes do jogo aos jogadores, que é tempo de nós definirmos de que lado vamos ficar, daqueles que querem ganhar ou daqueles que querem continuar arranjando desculpas, e os jogadores hoje provaram que querem ganhar, agora falta provar nos próximos seis (jogos) que querem ganhar, para mais uma vez orgulhar as nossas famílias e ao povo mato-grossense que merecem continuar a ter um clube na elite do futebol brasileiro.

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Sobre a confusão que se instaurou no fim da partida com os torcedores do Ceará, António disse que no momento só pensou em se proteger e proteger os seus, e que o futebol não tem espaço para violência, e relatou a preocupação da sua familia.

“O jogo ainda estava a correr e eu abandonei. Tenho que proteger a mim e aos meus. Quando cheguei ao vestiário tinham mensagens da minha mulher, meus filhos, meus pais, da minha irmã. É natural essa preocupação, eles acompanharam o jogo. O futebol não é isso, é paixão, é amor. É um jogo fantástico, que move multidões, gera emoções, que nunca terá espaço para violência. Acho que o futebol deve ter um conjunto de princípios e valores, que devem ser catapultados para uma forma de estar e ser na vida, e não um espaço onde se vai gerar as frustrações das pessoas, onde vai brotar toda a raiva em uma sociedade cada vez mais difícil e carente de valores.”

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