Milan e Chelsea se enfrentaram no San Siro nesta terça-feira (11) pela Liga dos Campeões da UEFA. Diante de 75 mil torcedores, a partida teve uma forte interferência da arbitragem e acabou criando um clima muito mais hóstil do que se aguardava. Mesmo com determinação, os italianos não ficaram felizes com mais um tropeço para os blues, dessa vez por 2×0.
O jogo se desenhou como uma partida de xadrez entre Milan e Chelsea, por 10 minutos nenhuma chance clara havia sido criada mas era possível ver ingleses e italianos jogarem no seu conforto. Os blues subindo suas linhas enquanto os rossoneri estavam esperando um contra-ataque.
No entanto, mesmo com o som alto da torcida aos 17′ um polêmico pênalti foi marcado pelo árbitro Daniel Siebert, da Alemanha, de Tomori em cima de Mason Mount. Para piorar a vida milanesca, o zagueiro acabou recebendo um controverso cartão vermelho e paralizou por 3 minutos o jogo, em que o árbitro precisou conter os ânimos italianos.
Aos 20′ Jorginho converteu para os londrinos e abriu o placar no San Siro, algo que foi muito protestado pelos torcedores do Milan que direcionaram ‘elogios’ ao árbitro durante todo o jogo. Era possível perceber que o árbitro perdeu o controle da partida.
Siebert começou a distribuir cartões amarelos por qualquer falta acima do contato físico normal, Giroud foi amarelado por reclamação e aos 29′ mais uma polêmica. Sterling mostrou as travas da chuteira para Kalulu e recebeu apenas um amarelo enquanto os italianos pediam pelo vermelho.
Aos 33′ o Chelsea conseguiu ampliar com o Aubameyang, que iniciou a jogada mas viu uma tabela entre Sterling e Jorginho abrir um buraco na defesa do Milan, para a infiltração do Blue que acertou em cheio o canto direito de Tataranusu.
Aos 36′ Pioli precisou abrir mão de Brahim Díaz, que era o melhor da equipe milanesca em campo para a entrada de Dest, em uma tentativa de buscar reconstruir o lado direito do Milan. Algo que funcionou até o término da primeira etapa.
Um Milan guerreiro, um Chelsea frio
Graham Potter escolheu poupar Mason Mount, que com exceção do pênalti, não apareceu na partida, para colocar Gallagher. A entrada do novo jogador ajudou os ingleses a subirem suas linhas na segunda etapa e iniciar pressionando a saída de bola do Milan.
Aos 53′, quando o Milan sofria uma blitz pelas triangulações inglesas, Kovasic chutou de primeira uma bola que desviou em Aubameyang. Tatarusanu salvou o terceiro gol londrino em pleno San Siro. Não demorou muito para os italianos responderem. Aos 59′, Rafael Leão fez um salseiro na ponta-esquerda e cruzou para área onde Tonali furou e Dest isolou a chance do gol Milanês.
O jogo se desenhou para um Chelsea que administrou bem o resultado, sem exagerar nas investidas pelas pressões no desenho do campo e provocando o erro do Milan. Aos 69′, os ingleses detinham 59% da posse de bola, com 12 finalizações.
O Milan apostou nas bolas longas para surpreender o Chelsea, aos 73′ em um erro de domínio de bola de Chalobah que permitiu Rafael Leão sair em velocidade. O Milan flertou com um golzinho no placar, mas no 2 contra 1, o português não passou para Rebic e parou em Koulibaly.
Ao término do jogo, sem surpresas, o treinador do Milan, Stefano Pioli foi tirar satisfações com o árbitro da partida. Mesmo com a derrota, a torcida reconheceu a dedicação da equipe e vibrou a cada minuto. O Milan estacionou em terceiro lugar, enquanto o Chelsea assumiu a liderança do Grupo E da Liga dos Campeões da UEFA
Europeus e o seu ódio ao VAR
Inevitavelmente que a adoção do Árbitro de Vídeo traria muitas coisas inesperadas ao futebol, mas em alguns lugares do mundo ainda é assustador a inércia diante do poder de corrigir um erro. Na Europa, criou-se o costume de não permitir a utilização do VAR com frequência.
Mas, no confronto de Milan e Chelsea, em pelo menos três lances, o árbitro de vídeo poderia ter sido acionado afim de evitar o destemperamento dos jogadores. Em apenas um lance, durante uma rápida checagem de segundos, de um suposto pênalti de Kalulu, ele foi acionado.
No pênalti marcado pelo árbitro aos 17 minutos em Mason Mount, criou-se quase um consenso entre os comentaristas de que tanto a penalidade quanto a expulsão foram precipitadas. E em nenhum momento o VAR foi acionado. A revolta dos jogadores do Milan se estendeu até o témino do jogo, fazendo menção por diversas vezes ao fato de que o Sr. Siebert não foi ver o lance.
É costume na Europa não se usar tanto o VAR, mas é preocupante para o nível da Champions League que esse recurso não esteja sendo utilizado quando necessário, principalmente, quando o lance é extremamente duvidoso.
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