Futebol Internacional
Em meio às sanções contra Abramovich, governo britânico admite a possibilidade de vender o Chelsea
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Depois de comunicar, na última quinta-feira (10), que o ex-dono do Chelsea, Roman Abramovich, não poderia vender o clube inglês, o governo britânico abriu caminho para uma possível transação, desde que o bilionário russo não se beneficie do negócio. Em entrevista ao canal Sky Sports, o Ministro da Tecnologia, Chris Philp, afirmou que os potenciais interessados devem consultar o governo para ficarem cientes sobre uma eventual compra.
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– Pelas condições da licença, a venda não seria permitida. Mas, se um comprador aparecer, seria aberto a este comprador ou ao clube para que abordassem o governo e consultassem as condições que permitam uma venda – declarou Philp.
OS INTERESSADOS
O jornal The Guardian anunciou que dois “sérios concorrentes” estão sendo analisados pelo governo britânico. O primeiro é o empresário inglês Nick Candy; o outro concorrente é um consórcio liderado por Todd Boehly e Hansjörg Wyss, que já realizaram, inclusive, uma proposta para a compra do Chelsea. De acordo com a imprensa local, o valor varia entre 2 bilhões e 2,5 bilhões de libras (entre R$13 bilhões e R$16 bilhões na cotação atual).
Wyss é um bilionário suíço com patrimônio estimado em cerca de US$5 bilhões, segundo dados divulgados pela revista Forbes. Boehly é um empresário norte-americano e já tem alguns investimentos no mercado esportivo, como por exemplo no Los Angeles Dodgers (beisebol) e no Los Angeles Sparks (franquia do basquete feminino da WNBA).
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Candy ainda está preparando uma proposta pela compra do Chelsea. Por meio de um porta-voz, o empresário confirmou o interesse em adquirir o clube, mas, até o momento, não assinalou uma data em que vai apresentar oficialmente os valores.
– Ainda estamos interessados em fazer uma proposta. Este é um momento de grande incerteza para todos os torcedores do Chelsea. Na nossa visão, ninguém é dono de um clube de futebol, e sim um guardião dele para os fãs e a comunidade – disse a assessoria do empresário.
A imprensa britânica divulgou outros nomes interessados em comprar o Chelsea. A lista inclui o dono do New York Jets (futebol americano), Woody Johnson; e a família Ricketts, proprietária do Chicago Cubs (beisebol).
ABRAMOVICH NÃO PODE SE BENEFICIAR DA VENDA
Dentre as sanções de Roman Abramovich estava o impedimento sobre a venda do Chelsea. Com a possibilidade de uma nova licença para a venda do clube, o governo britânico impôs uma condição: o bilionário russo não pode se beneficiar do negócio.
– Para ser claro, não seria aceita uma proposta cujos valores da venda acabem em uma conta bancária irrestrita de Abramovich. Ele não pode se beneficiar da receita de qualquer venda – afirmou Philp ao canal Sky Sports.
Toda essa situação tem gerado incertezas no Chelsea. Os dirigentes do clube temem não conseguir honrar os compromissos financeiros desta temporada, uma vez que os Blues foram impedidos de vender ingressos, contratar jogadores ou renovar os contratos, e tiveram seu principal patrocínio suspenso. Além disso, a conta bancária do clube segue bloqueada.