Nesta quarta-feira (4), o Grêmio no seu estádio fez uma linda festa com a sua torcida para recepcionar o atacante Luis Suárez, estiveram presentes na Arena mais de 30 mil gremistas. Após a linda festa no gramado, o uruguaio foi conceder sua primeira coletiva como atleta do Imortal e falou sobre diversos assuntos, entre eles, pressão, Libertadores, família e a torcida gremista.
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Suárez foi questionado sobre a motivação para atuar no futebol brasileiro, um lugar onde ele já ouviu muito sobre, porém nunca havia atuado.
“Muitas pessoas duvidam que posso jogar futebol em alto nível, como no Brasil. Gosto de ganhar e quero continuar ganhando. Quero que os jovens do Grêmio vejam que um jogador com 36 anos ainda pode jogar. Quero seguir ganhando, com prazer de continuar jogando futebol.”
O uruguaio também falou sobre o amor da torcida gremista e foi bem sincero sobre o que os gaúchos podem esperar dele dentro de campo.
“Na hora de tomar a decisão, vendo o carinho que havia aqui, o amor que os brasileiros e os gremistas têm pelo futebol, deixou essa decisão fácil. Gosto de desafios são os desafios que me movem. Eu vou prometer companheirismo, atitude, vontade e gols. Não sou o mesmo Suarez de 2015 e 2016. Não vou correr 50 metros como eu corria. Não sou o que era antes, mas com um movimento meu posso beneficiar os meus companheiros. É um jogo de equipe”
Suárez já foi logo perguntado sobre o Gre-Nal e como um bom sul-americano ele disse que está ansioso para este confronto.
“É o que mais gosto. Ter a pressão em cima de mim. É assim que funciono. Todo mundo conhece o clássico Gre-Nal. Que seja um clássico sem violência. Que seja um espetáculo para quem gosta de futebol”, enfatizou.
O uruguaio conta com passagens por Atlético de Madrid, Liverpool, Barcelona e Ajax, porém para ele o Grêmio será o seu maior desafio na carreira.
“Pode ser (o maior). Quando fui para o Atlético de Madrid, era um desafio difícil. Esse pode ser maior, mas sei que temos uma equipe e um treinador incrível. Podemos fazer muitas coisas. Depende de mim e dos meus companheiros dar a resposta dentro de campo”, afirmou.
Suárez também fez questão de enfatizar seu desejo de vencer uma Libertadores pelo Grêmio, porém lembrou que antes disso precisam se classificar.
“É uma obsessão para o futebol da América do Sul. O desafio primeiro é classificar para a Libertadores. Para depois tentar buscá-la. É um desejo de qualquer jogar. É algo que o Grêmio merece também”, observou.
O atacante também fez questão de não comparar seu antigo clube, o Nacional, e o Grêmio, pois para ele os dois são completamente diferentes.
“São torcidas parecidas, na forma como vivem o futebol. Mas o futebol uruguaio é totalmente diferente daqui. Tento separar o Grêmio do Nacional neste momento. Vou defender a camiseta como se fosse um torcedor. Quero ganhar coisas com o Grêmio”, disse.
Na apresentação diversas pessoas fizeram vídeos para o atacante e um deles foi de seus filhos, momento que levou o atacante para as lágrimas e na coletiva ele comentou sobre a importância da sua família.
“Tenho sorte de ter filhos maravilhosos. Uma mulher também. Eles me disseram que onde eu me sentisse feliz, eles iriam aceitar. Perguntei para eles também. Se não for feliz fora de campo, não seria dentro de campo. Minha família é muito importante também para mostrar felicidade dentro de campo”, frisou. “Minha maior felicidade é ver os meus filhos felizes. Eles já viraram torcedores do Grêmio. Isso me emociona muito. Agora o que quero é devolver a alegria aos torcedores, com gols e títulos”, complementou.
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Suárez comentou sobre uma possível estreia, que pode acontecer no dia 17 de janeiro, na Recopa Gaúcha, contra o São Luiz.
“A melhor preparação física e mental vou conquistar no dia a dia. Converso com os médicos e o treinador. Me sinto muito bem. Não preciso de adaptação. Nunca acreditei nisso. Preciso de tempo para ficar bem, mas não sei precisar quanto tempo”, avaliou.
Para finalizar a coletiva, Suárez comentou sobre uma das contratações do Grêmio, o uruguaio Carballo, que além de ter sido eleito o melhor jogador da liga uruguaia, foi companheiro do atacante.
“Foi o melhor jogador do Uruguai nos últimos anos. Ele vai mostrar isso. Tenho certeza disso. Tenho responsabilidade de criá-lo como meu quarto filho”, apontou.
