O atacante do Palmeiras e da Seleção brasileira, Endrick, revelou nesta semana que já foi vítima de racismo, quando era criança. As declarações foram dadas em entrevista ao GE.Globo, publicada na última segunda-feira (20), Dia da Consciência Negra, no Brasil.
Agora com 17 anos, contou que o episódio ocorreu quando estava com apenas nove, jogando em Brasília. “Eu fiz o gol da virada e fui comemorar. Os pais dos garotos do outro time, acho que subiu raiva no coração deles, começaram a me chamar de macaco e a fazer gestos obscenos. De pequeno, eu não sabia. Minha tia foi na polícia, fez o boletim de ocorrência, mas não deu em nada. Quando fiquei sabendo, deixei nas mãos de Deus”.
O camisa 9 do Palmeiras disse que Deus irá “pesar a mão” com as pessoas que praticam racismo no meio futebolístico, como é visto frequentemente em estádios de futebol. Ele aproveitou e citou o seu companheiro de seleção e futuro companheiro de Real Madrid, Vinícius Junior, nos últimos anos, tem sido o atleta que mais vem sendo alvo desse tipo de crime no mundo esportivo.
“As pessoas que fazem isso com Vini ou que fazem na Libertadores, onde acontece bastante também, Deus vai pesar a mão. Vai fazer o que for preciso para essas pessoas melhorarem ou vai acontecer algo pior quando ele voltar”, comentou Endrick.
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Ele disse que racismo é algo muito forte e, além de ser triste ver isso acontecer, é algo difícil de falar. Porém, afirmou que, caso sofra xingamentos racistas, não irá se abalar. “Não vou me abalar com isso, vou seguir de cabeça erguida. Se eles fizerem, eles vão ficar bravos porque eu não vou me irritar, vou ficar tranquilo.”
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Endrick foi convocado à Seleção brasileira pela primeira vez, com apenas 17 anos de idade, tornando-se o quarto mais jovem a ser chamado. Já na primeira partida em que foi relacionado, entrou em campo, na última quinta-feira (16), na derrota de 2 a 1 para a Colômbia. Agora, ele e o grupo canarinho se preparam para jogar o clássico diante da Argentina, nesta terça-feira (21), no Maracanã.