Na tarde desta terça-feira (15), o presidente do Corinthians, Andrés Sanchez, convocou uma entrevista coletiva. Na conversa, o executivo se mostrou convicto do poder que tem em suas mãos para fazer decisões. Falou, principalmente, sobre o episódio do aeroporto, do último domingo (13), e a troca de treinadores.
Domingo ‘lamentável’
Andrés Sanchez criticou os torcedores que, segundo ele, armaram uma “emboscada” no aeroporto de Guarulhos. “Nós sempre atendemos à torcida. Ser intimidado, ameaçado, não faz parte. Foi uma emboscada e tivemos que passar por esse papelão”, disse o presidente. Também comentou que os atletas estão muito assustados e tristes com o ocorrido.
Questionado sobre rumores que circulam dizendo que jogadores estariam pedindo para sair, o executivo foi convicto: “Ninguém falou nada”. Era comentado sobre Luan e Danilo Avelar, dois dos mais criticados, terem pedido para serem transferidos. Andrés também deixou claro que eles sequer estavam na delegação, ou seja, não participaram do episódio no aeroporto.
– Quem vem para o Corinthians sabe que existe pressão. Vir aqui protestar faz parte, o que aconteceu no domingo foi lamentável. Antes, quem vinha para o Corinthians pensava ‘Pô, minha mulher acha que vou ser agredido’, mas isso não estava acontecendo mais.
Saída de Tiago Nunes
Segundo o presidente, nenhum jogador teve papel na decisão. “Falaram que eu ia ter uma reunião com eles na sexta. Nem aqui eu estava. Jogador não tem papel nem para por nem para tirar [treinadores]”, afirmou. Também de acordo com Andrés, Tiago Nunes não teria “perdido o grupo”, como estava sendo entendido pela torcida.
“Ele saiu porque os diretores aqui me convenceram a mudar. Falei aquilo e mudei de opinião depois”, disse o presidente sobre sua declaração anterior, quando falou que não tinha a intenção de demitir Tiago Nunes. Segundo ele, os resultados e a “falta de encaixe do time com o treinador” foram argumentos que mudaram a sua opinião.
– Eu nunca falei de mudar filosofia e o treinador também não. Cada um tem um jeito, ele estava tentando impor o dele. O Corinthians tem suas características, e o treinador tem que tentar tirar o melhor de cada um.
Disse, também, que Dyego Coelho foi “chamado para uma emergência” e ressaltou que ele é treinador da equipe sub-20. Além disso, em tom autoritário, disse que não irá se reunir com os candidatos à presidência para conversar sobre um novo treinador para o Corinthians. “Até 30 de dezembro, quem decide sou eu”.
– Enquanto eu for presidente, eu decido tudo que for do clube.
O próximo treinador
Perguntado sobre o perfil do próximo treinador, o presidente deixou as portas abertas e pede “sorte”. “Quanto mais experiência melhor, e sorte. Se não tiver sorte, nada vai para frente”, comentou. Sobre a briga de brasileiros contra estrangeiros, deixou claro que prefere treinadores daqui, mas, segundo o executivo, a possibilidade de um gringo não está descartada.
Sobre prazos, criticou a imprensa: “Se eu falar que é amanhã, vocês criticam. Se falar que é semana que vem e for três dias antes, vocês criticam”. Questionado se já teria entrado em contato com algum treinador, foi irônico: “Não sei”.
– Rogério [Ceni], Abelão, Dorival… Vamos esperar. Não vou dar nomes.
Sobre as finanças, o presidente também garantiu que pagou todos os salários atrasados e, segundo ele, só faltam as férias. Também disse que o dinheiro da venda de Pedrinho ainda não caiu.
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