Cruzeiro
O Cruzeiro pode perder mais seis pontos? De quanto é a dívida por Bruno Viana? Entenda a última das novelas do clube na Justiça
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Atualmente, o Cruzeiro está impossibilitado de registrar novos jogadores, devido a uma condenação da Câmara Nacional de Resoluções e Disputas (CNRD) por uma dívida de R$ 2.401.011,40 ao PSTC, do Paraná, referente a venda do zagueiro Bruno Viana ao Olympiacos – como informou ontem o Esporte News Mundo. A reportagem teve acesso aos documentos jurídicos do processo julgado pela CNRD e CBMA, do recurso pedido pela Raposa e do contrato assinado por ambas as partes.
Em 28 de abril de 2017, o PSTC fez uma representação administrativa, pedindo 20% do percentual da venda de Bruno Viana, algo que estava previsto em um contrato assinado por ambas as partes em 2010.
Com isso, o PSTC propôs que houvesse o pagamento imediato de duas parcelas da dívida ou que houvesse duas punições: a de não poder inscrever novos jogadores e que perdesse seis pontos no Campeonato Nacional, no caso a que o Cruzeiro disputa, que é a Série B.
Entretanto, o Cruzeiro entrou com um recurso pedindo a invalidez da decisão do CNRD, alegando que a mesma não tem competência para definir qualquer conflito entre as duas partes e pediu que a situação jurídica fosse transferida para o foro da comarca de Belo Horizonte.
A partir daí, o Centro Brasileiro de Mediação e Arbitragem (CBMA) entrou avaliando tanto a decisão do CNRD quanto o recurso do Cruzeiro e decidiu por não considerar o pedido do clube e registrar que, de acordo com o Estatuto da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), a Câmara está, sim, competente para determinar o caso.
Portanto, o Cruzeiro foi condenado, em âmbito federal, a pagar todos os encargos decorrentes do processo. Ficou definido que o valor de R$ 2.401.011,40 deve ser pago em até seis parcelas, sendo a primeira 30% do valor.
Quanto a perder mais pontos na Série B, o torcedor cruzeirense pode ficar um pouco aliviado, pois não cabe à CNRD dar esse tipo de punição e o CBMA também não reconheceu a necessidade da retirada de pontos do clube.
SEGUNDA PUNIÇÃO
Neste mesmo ano, em setembro, o Cruzeiro foi punido com o impedimento de registrar jogadores, devido a dívida da compra do atacante William Bigode, em 2014. Em setembro, o Cruzeiro anunciou um acordo de cerca de 1 milhão de euros, porém, não foi homologado na FIFA. Portanto, em outubro, com aporte financeiro de Pedro Lourenço, a Raposa pagou ao Zorya FC, da Ucrânia, e pôde voltar a registrar atletas, algo que foi prometido a Felipão para que o treinador aceitasse treinar o clube celeste.
Com colaboração de Matheus Ribeiro *