Automobilismo
Equipes lamentam morte de Murray Walker, lendário narrador da F1
— Continua depois da publicidade —
A voz da Fórmula 1. Assim era conhecido Murray Walker, narrador inglês que faleceu hoje, aos 97 anos. Sua forma única de transmitir as corridas, desde 1949 no rádio e por 23 anos na televisão, formou gerações de apaixonados pela categoria, assim como vários pilotos que hoje se preparam para iniciar mais uma temporada.
Após a notícia ser confirmada, as equipes utilizaram as redes sociais para manifestarem condolências para a família e registrarem a importância de Walker no mundo da Fórmula 1.
A Alpine lembrou dos célebres embates verbais com James Hunt, campeão mundial em 1976. “Descanse em paz, Murray. Que você mais uma vez brigue pelo microfone com James Hunt. Que seus ‘murrayismos’ entretenham a todos para sempre”. Já a Mercedes ressaltou a paixão do jornalista pela F1. “Ele era a voz da F1 para milhões e seu amor, paixão e positividade pelo nosso esporte eram incomparáveis”.
A Aston Martin lembrou que Murray foi um dos poucos a ganhar o status de “lenda” estando fora do cockpit. Para a McLaren, ele “compartilhou sua paixão e conhecimento com humor e humildade” e a Williams escreveu que a “paixão pelo esporte era contagiante e nunca deixava de fazer as pessoas sorrirem”.
“Vou parar de narrar porque tem um nó na minha garganta”, após o título mundial de Damon Hill, em 1996
FRASES ICÔNICAS
Murray Walker era conhecido, também, por frases bem humoradas – um típico humor inglês, apelidado de murraysmos. “Não tem nada de errado com o carro, exceto o fato de estar pegando fogo” e “metade da corrida já se foi e há outra metade para correr” são dois exemplos.
O narrador da BBC e depois da ITV transmitiu todos os títulos do tricampeonato de Ayrton Senna. Duas frases selecionadas pela Motorsport fazem referência ao brasileiro. “Meus olhos me enganam ou o carro de Senna está parecendo um pouco violento?” e outra mais leve: “Teria sido a terceira vitória consecutiva de Senna se ele tivesse vencido as duas anteriores”.
O jornalista se considerava uma pessoa com “com muita sorte” pela oportunidade de conhecer vários países e conviver com pessoas diferentes nos paddocks. “Meu trabalho já me levou ao redor do mundo inúmeras vezes, a países que de outra forma nunca teria visitado, e tenho convivido com algumas pessoas notáveis. Tive uma sorte incrível, gigantesca.”