Na partida mais esperada da fase de grupos da Euro 2024, a Espanha dominou a Itália e garantiu a classificação no ‘grupo da morte’, que ainda tem a Croácia. Mesmo com apenas 1×0 no placar, a atuação dos espanhóis foi implacável, com 57% de posse de bola e 18 finalizações, contra apenas 4 chutes da Itália. Agora, os italianos tem jogo decisivo na última rodada contra a Croácia.
A Espanha começou a partida de forma bastante agressiva, principalmente com Nico Williams, pela ponta-direita. Tanto que, com menos de dois minutos de jogo, em um cruzamento dele, Pedri invadiu a área e levou perigo em uma cabeçada.
Mas a pressão inicial espanhola não durou muito e com 10 minutos, a seleção italiana se equilibrou defensivamente e mostrou sua proposta de jogo. Com duas linhas de quatro defensores sem bola, o time de Spalletti abriu mão de ser o time com mais posse. Quando a bola era recuperada, a Italia liberava Dimarco para virar um ala pela esquerda, enquanto Di Lorenzo ficava como terceiro-zagueiro. Com passes rápidos, o objetivo era encontar Scamacca em velocidade nas cosas da linha alta de marcação espanhola.
Em primeiro tempo de pouca ação, a Itália teve apenas 38% de posse de bola e a primeira finalização veio apenas nos acréscimos. A defesa italiana focou em bloquear a ação dos pontas espanhóis. Por isso, as principais chances de gols da Espanha vieram de chutes de fora da área, já que existia uma superioridade numérica na região central do campo.
Para o segundo tempo, Spalletti alterou duas peças pontuais, sem alterar a disposição tática do time. Saíram Jorginho e Frattesi para as entradas de Cristante e Cambiasso.
Entretanto, a dinâmica de jogo não mudou e a Espanha seguiu pressionando e na segunda etapa, ainda mais agressiva na recuperação da bola. Em menos de 15 minutos de segunda etapa, foram cinco finalizações espanholas, até que, em jogada individual de Nico Williams pela esquerda, a bola foi cruzada rasteira na altura da pequena área e Calafiori acabou desviando para fazer o gol contra: 1×0 para Espanha.
Com a desvantagem no placar, a Itália fez mais duas alterações para tentar outras alternativas no ataque, Chiesa e Scamacca saíram para as entradas de Zaccagni e Retegui. Neste momento do jogo, a seleção italiana chegou a reter um pouco mais a bola e trocar mais passes para aliviar a pressão espanhola, mas sem gerar perigo de gol.
Visando recuperar o domínio do jogo, o técnico De La Fuente também acionou o banco de reservas para adicionar energia ao time, que perdeu intensidade após muita pressão. Baena e Ferran Torres entraram nos lugares de Pedri e Lamine Yamal.
A segunda finalização da Itália no jogo veio com 28 minutos do segundo tempo, em cobrança de falta de Pellegrini. Os minutos finais foram os melhores da Itália na partida, mesmo sem criar muitas chances. A Espanha perdeu energia e as alterações não funcionaram, mas a equipe conseguiu se defender até o fim da partida para garantir a vitória e a classificação.