O Fluminense viu a sua segunda derrota consecutiva e a quarta, em nove partidas no Campeonato Brasileiro. No revés contra o Flamengo, na noite de quarta-feira, o Tricolor pecou no primeiro tempo com Odair Hellmann apostando em um esquema diferente, com Nenê de falso 9 e pelas pontas Wellington Silva e Fernando Pacheco. No entanto, não chegou perto de funcionar.
Artilheiro da equipe com 15 gols, Nenê não foi sombra dos últimos jogos. Por fazer uma nova função, o meia ficou perdido em muitos momentos da partida, mesmo tendo liberdade de movimentação muitas vezes caiu pelos lados, quebrando o pensamento. Além disso, Fernando Pacheco, que tinha a oportunidade de mostra que pode ser titular, não produziu nada de diferente, e Wellington Silva foi muito diferente em comparação com o jogo de São Paulo.
Um dos pontos que também chamou atenção foi a falta de combatividade do meio-campo. Com Pacheco, Wellington Silva e Michel Araújo focados no ataque, o meio muitas vezes ficava “vazio” com Dodi e Yuri buscando a recuperação, mas em desvantagem numérica. Isto facilitou a chegada do Flamengo no ataque, com seis finalizações, sendo quatro no gol e com uma posse de bola de 56%.
Odair Hellmann reconheceu que a responsabilidade maior é do treinador. Apesar disso, as falhas nos gols sofridos foram coletivas. Egídio deixou Isla sozinho para fazer o cruzamento e Muriel afastou mal a bola. No segundo tento, o arqueiro saiu de forma espalhafatosa.
– As falhas são coletivas. Tudo o que precisar ser corrigido individualmente, farei internamente, com trabalho, conversa e cobrança. Os erros foram coletivos, e a responsabilidade maior é do treinador. O futebol é um jogo de erros. Temos que corrigir o máximo desses erros para ter os detalhes ao nosso favor, mas não individualizo erros. Eu sou o comandante, se alguém errou fui eu e os jogadores tentaram dar o seu melhor para conseguir a vitória – opinou.
No segundo tempo, é bom frisar que o Fluminense conseguiu equilibrar as ações, mas ainda pecou na marcação, e o Flamengo conseguia chegar nos contra-ataques. Nenê, que fazia a função, passou a atuar na ponta direita, onde não rende tanto e logo depois foi substituído. Os garotos Luiz Henrique e Marcos Paulo entraram e colocaram mais dinâmica no ataque, mas faltou mais eficiência. Yago Felipe foi uma boa surpresa, com bons toques e transição para o ataque. No fim, o Flu foi agraciado com um gol de Digão, mas já não dava mais tempo para buscar o empate.
O Fluminense, com a derrota, segue com 11 pontos e aparece na nona colocação. O próximo compromisso do clube é contra o Corinthians, às 16h do domingo, no Maracanã.