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Ídolo do Dortmund, Ewerthon relembra passagem pelo clube e rasga elogios a Haaland

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Ewerthon em ação (Foto: Divulgação/Borussia Dortmund)
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Revelado pelo Corinthians e com passagens por Palmeiras e América-MG, o ex-atacante Ewerthon teve uma carreira de muito sucesso, principalmente atuando pelo Borussia Dortmund, equipe da Alemanha. Contratado pelos aurinegros em setembro de 2001, após ter sido campeão brasileiro, estadual e mundial com a camisa corintiana, o jogador caiu nas graças da torcida imediatamente.

Já na temporada 2001/2002, a primeira com o Borussia Dortmund, Ewerthon foi um dos responsáveis pelo clube ser campeão alemão, seis anos após a última conquista. Foi do ex-atacante o gol que confirmou a conquista da equipe, na vitória de virada por 2 a 1 contra o Werder Bremen, no dia 4 de maio de 2002.

Em entrevista exclusiva ao Esporte News Mundo, Ewerthon relembrou a passagem pelo clube alemão, a conquista da Bundesliga e também a parceria com os brasileiros daquele elenco.

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Créditos: Divulgação/DFB.de

“Depois de eu ter conquistado muitos títulos com o Corinthians, acabei chegando na Alemanha e tive uma adaptação muito rápida. Chegar no Borussia Dortmund e ter Dedê, Evanílson e Amoroso no elenco me ajudou muito. O que também me ajudou bastante foi chegar jogando, não tive um tempo de experiência até me adaptar. Na primeira partida eu já entrei como titular e me adaptei muito rápido à liga. Consegui ser campeão junto com os outros braileiros, depois de seis anos que o Borussia não ganhava, e ainda consegui fazer o gol do título. A repercussão do título foi maravilhosa. Nós conseguimos ser campeões dentro de casa, jogando para 84 mil pessoas. Foi uma emoção que eu nunca tinha sentido na vida.”, disse Ewerthon.

Créditos: Reprodução/Instagram @ewerthon8

“Chegar na equipe e ter o Dedê, Evanílson e Amoroso foi muito importante pra mim. Somos amigos até hoje. Agradeço muito ao Dedê, que me colocou pra morar na casa dele durante três meses, o que me ajudou bastante na adaptação à Alemanha. Sou muito grato aos três.  Ter o Amoroso e o Jan Koller como parceiros de ataque foi maravilhoso também. O Amoroso foi um grande jogador, é um grande amigo e um cara sensacional. A gente tinha uma parceria muito grande. O Amoroso estava concorrendo à artilharia daquele ano com o Ballack e a gente sempre jogava em função de ajudá-lo. Minha parceria com ele dentro de campo funcionou maravilhosamente bem e segue fora de campo. Tenho um carinho muito grande por ele” continuou.

Mas a passagem de Ewerthon pelo Borussia Dortmund não foi apenas de vitórias dentro de campo. Poucos dias após a conquista da Bundesliga 2001/2002, a equipe foi até a Holanda, onde enfrentou o Feyernoord, pela final da Copa da Uefa, atual Liga Europa. A equipe acabou sendo derrotada por 3 a 2 e ficou com o vice-campeonato da competição.

“O jogo contra o Feyenoord foi totalmente atípico. O nosso zagueiro, Jürgen Kohler, que estava fazendo o último jogo da carreira, fez um pênalti no primeiro tempo e acabou sendo expulso. Aí ficou difícil. Começamos perdendo por 1 a 0, tomamos o segundo gol, fizemos 2 a 1, e quando estávamos em cima, acabamos tomando o terceiro. Ainda conseguimos diminuir depois. Jogar uma decisão, no estádio do Feyenoord, com um jogador a menos, pesou bastante”, lamentou.

Aposentado do futebol desde 2014 e após ter deixado o Borussia Dortmund em 2005, quando foi para o Real Zaragoza, da Espanha, Ewerthon segue acompanhando a equipe alemã. O ex-atacante comentou o que falta para os aurinegros levantarem novamente a Salva de Prata, o que não acontece desde a temporada 2011/2012.

“Hoje eu vejo um Borussia muito bom. É um time muito jovem. Mas eu acho que para o Borussia ser campeão novamente, tem que ter jogadores mais experientes, jogadores que já ganharam essa competição. Falta isso ao time. O Borussia é um time que contrata jogadores jovens, eles se adaptam e depois são vendidos. Acho que essa é a maior dificuldade da equipe para ser campeão novamente da Bundesliga”, explicou.

E um desses novos jogadores chama bastante a atenção de Ewerthon. Erling Haaland, de apenas 19 anos, chegou ao Borussia Dortmund em janeiro deste ano e correspondeu às expectativas imediatamente. O atacante noruguês já atuou em 11 partidas pela equipe e anotou 12 gols. Pelo Red Bull Salzburg, sua antiga equipe, foram 22 jogos e 28 bolas na rede na temporada. Tais números impressionam e despertam o interesse de outros gigantes da Europa.

Créditos: Divulgação/Borussia Dortmund

“Haaland foi uma grande contração do Borussia. Ele é um excelente jogador, que já tinha demonstrado isso antes de chegar à equipe, e vem impressionando todo mundo. É um atacante de muita qualidade, alto, rápido e técnico, além de fazer muitos gols. Acho difícil ele permanecer muitos anos no Dortmund. O futebol mundial é carente de camisas 9 da qualidade dele. Então ele terá muitas propostas das principais equipes do futebol europeu”, disse o brasileiro.

E além de seguir acompanhando o desempenho do atual elenco do Borussia Dortmund, o ex-atacante também faz parte do projeto Legends da equipe. Há dois anos, Ewerthon se junta com ex-companheiros e representam o time em eventos, jogos e campeonatos festivos, como o que aconteceu no fim de 2019 em São Paulo, que também juntou o Tricolor Paulista, o Bayern de Munique e o Barcelona.

“Minha relação com o Borussia é maravilhosa. A gente tem esse projeto do time de Legends há dois anos, no qual a gente viaja o mundo inteiro, e é muito satisfatório. Graças a Deus eu tenho o carinho de todo mundo lá na Alemanha. Do presidente do clube, de todo mundo que administra o time e dos torcedores. Pra gente, depois de encerrar a carreira, poder voltar pra cidade que você jogou, foi campeão, e ver o carinho das pessoas é extremamente gratificante. Eu só tenho a agradecer ao Borussia Dortmund, aos torcedores e à Alemanha, onde eu fui muito feliz”, concluiu.

Foto: Divulgação/Borussia Dortmund

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