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Exclusivo: Reitor da Funvic fala sobre o fim de parceria com Vôlei Taubaté: ‘Procurei o prefeito e não fui recebido’
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A Fundação Universitária Vida Cristã (Funvic) está de mudanças com o seu projeto de voleibol para Natal, capital do Rio Grande do Norte. A transferência, dada pelo rompimento entre a Funvic e a Prefeitura de Taubaté, marca o fim de uma vencedora equipe de vôlei da cidade: o Vôlei Taubaté.
ROMPIMENTO IRRESPONSÁVEL
O reitor da universidade, Dr. Luis Otávio, falou com exclusividade ao Esporte News Mundo e ressaltou que o rompimento entre as partes aconteceu “de forma surpresa e irresponsável”.
– Sim, de forma surpresa e irresponsável, visto que o Projeto Voleibol Funvic Taubaté, para temporada 2021/2022, havia sido entregue e aprovado. O Conselho do FUNDO FADAT [Fundo de Assistência ao Desporto Amador de Taubaté], já havia aprovado e publicado os valores das bolsas atletas. Sendo assim, nada justifica. Somente uma decisão política inconsequente – disse o reitor.
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Perguntado se havia se reunido com a Prefeitura de Taubaté para conversar, antes do rompimento, Dr. Luis Otávio declarou: “Procurei o prefeito por mais de dois meses e ele não me recebeu”.
PROBLEMAS FINANCEIROS
O Vôlei Taubaté passava por problemas financeiros e dificuldades para arcar com os salários. Sobre essas adversidades, o reitor da Funvic elencou fatores causadores da situação:
– Devido à pandemia mundial e no Brasil, todos foram afetados. Havia vários tipos de patrocinadores, sendo: Patrocinadores Nacionais – HAVAN, EMS, ASSAÍ, os quais pagaram tudo em dia, até durante a pandemia. Patrocinadores Regionais e Locais – alguns deles tiveram problemas e deixaram de pagar e outros atrasaram. Patrocinadores Locais e Fornecedores da Prefeitura de Taubaté – com a pandemia, a prefeitura deixou de pagar, e eles deixaram de nos pagar, outros a prefeitura reduziu os valores e assim não conseguiram manter suas contrapartidas no Projeto Voleibol Funvic Taubaté. Outros Patrocinadores – a prefeitura pediu para que não fizessem mais o patrocínio, pois queriam que patrocinassem o futsal. Isso tudo gerou problemas, os quais foram sanados pela Funvic – afirmou o Dr. Luis Otávio.
DECISÃO DE ORDEM IDEOLÓGICA E COMPRA DE VAGAS DO FUTSAL
O reitor acha que este pedido de direcionar os patrocínios ao time de futsal tenha sido de caráter ideológico ou algo do tipo. Ele ainda aponta que a Prefeitura de Taubaté estaria “comprando vaga do futsal”.
– Sim, infelizmente. Não tenho provas, mas nos bastidores dizem que estão comprando vaga do futsal e vão usar o dinheiro do fundo (bolsas atletas do voleibol) para os atletas e comissão técnica do futsal – afirmou.
Perguntado se tinha mais detalhes sobre o caso, Luis Otávio afirmou: “Ouvi isso de agentes do voleibol brasileiro e dirigentes de clubes. E o próprio secretário de esporte de Taubaté falou que a cidade será a capital do futsal.”
PARCERIA COM PREFEITURA E AEROCLUBE DE NATAL-RN
Sobre a reunião com a Prefeitura de Natal e o fechamento do acordo entre a Funvic e a gestão pública local, o doutor declarou:
– Sim, estamos trabalhando em conjunto, Prefeitura de Natal, Governo do Estado, e Setores Privados, e com total apoio da Assembléia Legislativa-RN – comentou.
Se o Vôlei Taubaté deixará de existir, o acordo entre Funvic e Aeroclube de Natal-RN está firmado para disputar a Superliga. E, de acordo com o noticiário, o Aeroclube passa por problemas financeiros, assim como a Funvic:
– São situações distintas. O Aeroclube é um Clube Tradicional e de história em Natal-RN, sedia vários esportes olímpicos, dentre eles o voleibol. A equipe disputou a série C da Superliga, se tornando campeão. Depois, disputou a Superliga B, ficando em 4º lugar. A Equipe de Voleibol Funvic é independente, é a primeira equipe de voleibol do Brasil há três anos, da Superliga A – disse.
Por fim, o reitor da Funvic, Dr. Luis Otávio, agradeceu “a oportunidade de esclarecer e falar a verdade dos fatos” e lamentou a “tentativa de uma parte pequena da imprensa, patrocinada por adversários do voleibol brasileiro, difamar a melhor equipe de voleibol do Brasil.”
A Prefeitura de Taubaté foi contactada pela reportagem, mas ainda não enviou resposta.