Fifa estende âmbito de punições e Fabio Paratici está suspenso das funções no Tottenham
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A Fifa acatou pedido protocolado pela Federação Italiana de Futebol (FIGC, em italiano) e estendeu o âmbito das punições dos dirigentes da Juventus envolvidos no caso Plusvalenza. A punição por adulterar valores de transações a serem apresentadas anualmente a fim de manter o equilíbrio fiscal e manter a licença do clube italiano para disputar as competições de alto nível nacional e internacional foi determinada no último dia 20 de janeiro com diversos responsabilizados, inicialmente enquadrados em artigos constitucionais referentes a questões desportivas. A Juventus, por exemplo, perdeu 15 pontos na tabela de classificação do Campeonato Italiano, enquanto diversos dirigentes foram punidos com a suspensão de suas atividades esportivas entre oito e 30 meses.
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O personagem mais prejudicado foi Fabio Paratici, com o banimento de suas atividades no futebol por dois anos e meio. Porém, Paratici já tinha deixado o clube italiano e está como diretor no Tottenham. Com a confirmação por parte da Fifa que as punições serão aplicadas também no envolvimento de dirigentes no cenário mundial, o gestor precisa ser afastado de suas funções, com risco de punição ao clube por parte da Uefa e da Fifa. O Tottenham, por sua vez, divulgou um comunicado oficial nesta quarta-feira (29), e informou que soube da situação primeiramente por meio da imprensa e, ao requerer respostas à Fifa, confirmou a punição, mas deixou claro que irá recorrer (leia comunicado completo no fim do texto).
“A Fifa nos respondeu por escrito notificando-nos nesta quarta-feira (29) que uma decisão foi tomada pelo Comitê Disciplinar da Fifa para estender a sanção mundial da FIGC. Esta deliberação do comitê foi tomada sem aviso prévio a nenhuma das partes envolvidas. Estamos buscando urgentemente mais esclarecimentos da Fifa sobre os detalhes da extensão e sua variação da sanção da FIGC.”
Plusvalenza: o que é?
Houve uma investigação anos atrás na corte italiana do caso conhecido como Plusvalenza. Inicialmente arquivado em abril de 2022, o processo investigou denúncias de que balanços financeiros foram manipulados com o objetivo de não perceber grandes diferenças e descumprimentos de fair play financeiro. A princípio, os alvos eram Sampdoria, Genoa, Parma, Juventus, Napoli, Pisa, Empoli, Pro Vercelli, Pescara e ao Novara, antes de sua refundação. Porém, meses depois, novas denúncias surgiram e provas mais concretas apareceram de que a Juventus teria manipulado números de transações financeiras para equilibrar as planilhas apresentadas a cada ano a fim de garantir a manutenção da licença para disputar competições do mais alto nível em âmbito nacional, continental e mundial. A Procuradoria de Turim foi atrás, apresentou recurso e a Corte de Apelação da FIGC reabriu o caso para analisar os novos documentos e puniu a Juventus tanto como clube como por meio de seus dirigentes durante o período analisado das documentações.
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Com isso, no fim do último mês de janeiro, a Velha Senhora foi punida com a perda de 15 pontos no Campeonato Italiano da edição corrente, o que fez o clube bianconero sair das primeiras posições e ficar no meio da tabela de classificação. Em relação aos dirigentes, Fabio Paratici, hoje no Tottenham, sofreu 30 meses (dois anos e meio) de suspensão; Andrea Agnelli e Maurizio Arrivabene foram punidos com 24 meses (dois anos) de banimento; Federico Cherubini foi suspenso por 16 meses (um ano e quatro meses); enquanto Pavel Nedvěd, Enrico Vellano, Paolo Garimberti, Assia Grazioli Venier, Caitlin Mary Hughes, Daniela Marilungo e Francesco Roncaglio foram punidos com oito meses de afastamento de quaisquer atividades profissionais relacionadas ao esporte.
Ao mesmo tempo que a FIGC puniu todos os envolvidos, solicitou à Uefa e à Fifa que as punições aos dirigentes fossem aplicadas não apenas no futebol italiano, mas em maiores escalas, o que foi atendido pela entidade máxima do futebol mundial. Apesar das suspensões estarem determinadas e com efeito imediato, a Juventus recorreu ao Colégio de Garantia do Comitê Olímpico Nacional Italiano (Coni), última instância na jurisdição italiana, com definição prevista para o próximo mês de abril.
Abaixo, veja comunicado do Tottenham sobre Fabio Paratici.
Após relatos da imprensa sobre a decisão do Comitê Disciplinar da Fifa de estender mundialmente a sanção imposta pelo Tribunal Federal de Apelações da FIGC a Fabio Paratici em 20 de janeiro de 2023, o clube fez perguntas urgentes à Fifa.
A FIFA, no final da tarde, nos respondeu por escrito, notificando-nos hoje, quarta-feira, 29 de março de 2023, que uma decisão foi tomada pelo Comitê Disciplinar da Fifa para estender a sanção mundial da FIGC.
Esta deliberação do Comitê foi tomada sem aviso prévio a nenhuma das partes envolvidas. Estamos buscando urgentemente mais esclarecimentos da Fifa sobre os detalhes da extensão e sua variação da sanção da FIGC.
Gostaríamos de deixar claro que, quando Fabio concedeu entrevista coletiva aos canais do clube ontem (terça-feira, 28 de março), nem ele nem o clube tinham qualquer indicação da decisão tomada pela Fifa, com base no fato de que a sanção da FIGC foi tomada em 20 de janeiro de 2023 e permanece sujeita a um recurso em 19 de abril de 2023.
Nós devemos atualizar sobre este assunto no tempo devido.