O Flamengo foi até ao Heriberto Hulse e venceu por 3 a 0, o Criciúma, pela 37ª rodada do Campeonato Brasileiro. Com o resultado, o Mengão chegou aos 69 pontos e segue lutando para terminar entre os quatro primeiros do torneio. O técnico Filipe Luís, apesar do triunfo, não gostou da sua equipe diante dos catarinenses, citando que queria ser dominante ao longo do jogo.
“A proposta foi a mesma: de ser protagonista do jogo e tentar a todo momento agredir o adversário. É verdade que estávamos circulando de uma forma mais lento, que eu não gosto, e acelerando quando não tinha que acelerar. Isso levava o time a ter idas e voltas. O bloco ficou descompactado, perdas de bola que o time não costuma perder. Isso fez com que gerasse espaço no meio. Teve o ida e volta que eu não queria. O jogo foi planejado da mesma forma, mas existia um certo nervosismo pela parte do Criciúma. Normal e natural até se encontrarem em campo. A partir que o time se encontrou em campo começaram a se encontrar. Os jogadores não estavam posicionados onde deveriam estar, acabou que o nosso ataque foi um pouco anárquico. Acabamos sendo um Flamengo que eu não gosto”, salientou o treinador flamenguista.
A próxima rodada, a última do Brasileirão de 2024, será contra o Vitória, no domingo (8) e será a despedida do centroavante Gabigol, da equipe. Questionado sobre o assunto, o técnico alertou que antes mesmo dessa festa programada no Maracanã, será necessário superar o adversário baiano. “Gabi vai ter uma festa de despedida, mas acima da festa está aqui, temos que tentar vencer esse o Vitória porque o Maracanã vai estar lotado. Depois o Gabi vai ter uma grande festa. O próprio Gabi declarou que vai sair, não tem mistério. Ciclos se acabam. Filipe Luís foi embora, Pablo Marí foi embora, a melhor geração de todos os tempos se aposentou. Daqui a alguns anos vão ser Arrascaeta, Bruno Henrique e Gerson. E novos jogadores virão, farão novas histórias e conquistarão títulos. O clube que fica. Importante que o escudo que fica. Temos que ser gratos por um jogador que deu tudo. Nos deu muitas alegrias e ele merece essa festa maravilhosa.”
Torcida pede revés
A torcida do Flamengo, antes do duelo em Santa Catarina, pediu para que os jogadores entregassem o resultado para prejudicar o Fluminense, rival direto do Criciúma, na luta contra o rebaixamento; Porém, essa pedida em nada mudou a preparação da equipe rubro-negra.
“Não influenciou absolutamente nada, não jogamos para o Fluminense. Jogamos para a nossa torcida, por nós e pelos nossos valores. No futebol, você tem que entregar tudo que você tem. Quando você não entrega tudo que tem para o futebol, você não colhe os frutos. Preparamos o jogo da mesma forma que preparamos todos os jogos. Não entregamos o jogo, somos profissionais, mas são os nossos valores como pessoais. O que me fez chegar nessa carreira foi dar tudo pelo futebol”, ressaltou Filipe Luís. Ele ainda completou sobre o seu atual momento. “É o trabalho de vocês me avaliar. Única coisa que quero é que meus jogadores cresçam e aprendam o modelo e a forma de jogar que a gente quer jogar. Assimilaram muito rápido a forma que eu peço para eles jogarem. Conforme esses jogadores vão voltando, começa a ser uma loucura. É um absurdo o que esse time pode render, o que está rendendo e o que ainda pode crescer.”
Ao todo, Filipe Luís em 14 jogos, com nove vitórias, quatro empates e apenas uma derrota, com 21 gols marcados e apenas nove sofridos – 73,8% de aproveitamento e um título conquistado, o da Copa do Brasil.
