Neste 21 de julho de 2022, o Fluminense completa 120 anos de existência. Diferente de seus rivais, o Tricolor iniciou suas atividades direto nos campos. Sendo assim, é um dos pioneiros do esporte no Rio de Janeiro e no Brasil. Em 1902, Oscar Cox, filho de um cidadão inglês, fundou o tricolor carioca. Na época, o clube era das cores cinza e branco. Em diversas idas à “Terra da Rainha”, sempre trazia novidades, bolas, materiais esportivos. Também jogou, foi campeão Carioca de 1906, quando o Flu já era verde, branco e grená. Com problemas para adquirir o tecido cinza para o uniforme original, em 1904 foi aprovada a alteração, nascendo o Tricolor.
Entre as suas maiores glórias no futebol, destacam-se a Copa Rio de 1952, os Torneios Rio-São Paulo de 1957 e de 1960, as quatro conquistas do Campeonato Brasileiro em 1970, 1984, 2010 e 2012, a Copa do Brasil de 2007 e a Primeira Liga de 2016.
O Fluminense construiu o primeiro estádio de cimento da América Latina, o Estádio de Laranjeiras, que foi sede do Campeonato Sul-Americano de Seleções, atual Copa América, e dos Jogos Olímpicos Latino-Americanos, atualmente Jogos Pan-Americanos, e foi palco do primeiro título relevante da Seleção Brasileira.
O Fluminense também abrigou os grandes jogos do futebol carioca e da Seleção Brasileira em seus princípios, seleção também criada em Laranjeiras, sendo o grande incentivador do esporte brasileiro em seus primórdios e o pioneiro em muito daquilo que é relevante, como tendo construído o primeiro estádio, construção de cimento, do continente americano.
Quando o futebol ainda engatinhava no país, o clube consolidou sua condição de elite esportiva com o tetracampeonato em 1906-1909, alcançando o tri em 1917-1919. O Fluminense se desprendeu da condição de ser um clube apenas da elite a partir da primeira metade da década de 1920, quando o futebol brasileiro finalmente penetrou na cultura das camadas mais populares, tendo conquistado a sua primeira taça internacional em 1928, a Taça Vulcain, disputada contra o Sporting Clube de Portugal, e se tornado o principal baluarte pela profissionalização do futebol brasileiro em 1933, deixando de restringir o futebol aos associados ou aos falsos amadores de alguns clubes, que praticavam o chamado “profissionalismo marrom”.
Os seus times mais vitoriosos na segunda metade do Século XX foram o de 1969-1971, campeão brasileiro de 1970, campeão carioca e da Taça Guanabara, então competição independente, de 1969 e 1971, e o de 1983-1985, campeão brasileiro de 1984 e tricampeão carioca, tendo em vista apenas os principais títulos oficiais.
O período de 1975-1976 ficaria lembrado pela técnica refinada dos jogadores, bicampeões cariocas, duas vezes semifinalista do Campeonato Brasileiro e pelas conquistas em torneios amistosos no exterior. Nomes como Félix, Toninho, Carlos Alberto Torres, Miguel, Edinho, Rodrigues Neto, Carlos Alberto Pintinho, Paulo César Caju, Rivellino, Doval e Dirceu faziam parte do elenco.
E 1997, o clube viveu uma das piores fases, pois caiu para Série C. O caso mais bizarro da lista vem de outro carioca, o Fluminense caiu para a Série B em 1997 e, na sequência, caiu para a Série C, onde foi campeão no ano de 1999 e automaticamente iria disputar a série B em 2000. Porém, com a criação da Copa João Havelange, em 2000, o clube voltou à elite do futebol brasileiro sem percorrer o caminho tradicional.
No Século XXI, destaca-se o período entre 2007 e 2012, quando o clube conquistou dois campeonatos brasileiros, uma Copa do Brasil e um Carioca, considerando-se os títulos mais importantes, chegando ainda a duas finais continentais. O meia argentino Conca e o centroavante Fred foram os grandes destaques do time nas conquistas dos campeonatos brasileiros de 2010 e de 2012. Em 2008, o clube voltaria a disputar a Copa Libertadores depois de 23 anos. Chegou a final, mas perdeu para a LDU, do Equador.
No ano que completa 120 anos, Fluminense enfrenta boa fase, apesar de passado por alguns obstáculos, como queda na Libertadores e Sul-Americana. Além disso, a torcida ficou na bronca por conta da venda de Luiz Henrique, uma das promessas do clube, para o Real Betis, da Espanha. O clube voltou a conquistar o Campeonato Carioca depois de 10 anos com Abel Braga e briga por título no Campeonato Brasileiro e na Copa do Brasil.
