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Fórmula 1: Destaques do GP de Monza

A vitória da Ferrari, com Charles Leclerc, fez a alegria dos torcedores em solo italiano.

Foto: Divulgação F1

O Grande Prêmio de Monza, um dos circuitos mais tradicionais da Fórmula 1, ocorreu no último domingo (1º). A competição foi marcada por estreias, resultados inesperados e penalidades raras. Confira os destaques do fim de semana na Itália.

Estratégia vencedora 

O domingo foi marcado pela felicidade e euforia de Charles Leclerc, que venceu a corrida com leve folga, impulsionado pelo mar vermelho dos torcedores da Ferrari.

Leclerc venceu em Monza, casa da Escuderia Ferrari, pela segunda vez, sendo a primeira em 2019. O piloto de Mônaco comemorou no instagram e se mostrou animado após a corrida, destacando a importância de vencer em Monza e em Mônaco, os dois circuitos vencidos por ele na temporada de 2024:

“É um sentimento incrível. Achei que a primeira vez foi maravilhosa, e a segunda também é muito especial. Ganhar as duas corridas mais importantes [esse ano] para mim foi muito especial”, comemorou.

A Ferrari optou por fazer apenas uma parada para troca de pneus, como uma estratégia de ganhar tempo para seus pilotos. Carlos Sainz, companheiro de Leclerc, manteve o 2º lugar até as últimas voltas. Mas com o desgaste dos pneus, foi ultrapassado pela dupla da McLaren e terminou na 4ª posição.

Estreia argentina 

O argentino Franco Colapinto, estreante na Williams após a demissão de Logan Sargeant, terminou a corrida na 12ª posição. O resultado é positivo, já que Colapinto largou na 18ª posição, ultrapassando seis adversários ao longo do circuito. O piloto de 21 anos se mostrou animado com o resultado.

“Foi um dia muito positivo, não esperava este resultado e segui o plano de trabalho do time. Eles me ajudaram a me adaptar e me mostraram como tirar o máximo proveito do carro”, comemorou.

Colapinto corre pela Williams pelo menos até o fim da temporada de 2024. 

Punição a Magnussen

Kevin Magnussen (Haas) perdeu 12 pontos na sua superlicença após colisão com Pierre Gasly no circuito de Monza, pelo Grande Prêmio da Itália de Fórmula 1. O incidente aconteceu na volta 19. Magnussen tentou ultrapassar Gasly para tomar a 14ª posição, o que fez os dois carros colidirem. 

O piloto da Haas sofreu uma punição imediata logo após o incidente. A FIA determinou uma penalização de 10s, e os comissários concluíram que Magnussen não conduziu a tentativa de ultrapassagem de “maneira segura e controlada durante a manobra”, o que o tirou 2 pontos na superlicença.

O dinamarquês já havia acumulado 10 pontos na superlicença desde o início da temporada, e a soma de dois pontos no circuito de Monza acarretou no banimento de Magnussen para o circuito de Baku, no Azerbaijão. É a primeira vez em 12 anos que um piloto é suspenso de uma corrida devido a uma penalidade: o último foi Romain Grosjean, em 2012.

Em entrevista após a corrida, o piloto se mostrou inconformado com a punição: “Estou frustrado com a penalidade. Não entendo nada. Estou completamente confuso. Eu e Gasly fizemos uma corrida forte na curva 4, tivemos um leve contato, nós dois perdemos a curva, depois voltamos para a pista novamente, sem danos a nenhum dos carros e sem consequências para a corrida de nenhum de nós.”, disse em entrevista.

O francês Pierre Gasly (Alpine), com quem Magnussen colidiu na curva 4, também não concordou com a penalidade recebida pelo adversário: “Espero que de alguma forma eles possam reverter isso porque isso seria definitivamente injusto. […] Isso será bastante injusto pelo incidente que foi”, afirmou Gasly, que ainda disse que o toque “não foi nada” e se declarou disposto a contestar a decisão com os comissários.

Além do piloto da Alpine, Fernando Alonso (Aston Martin) também demonstrou discordância, e disse não entender a penalidade de segurança imposta pela FIA.

Frustração na McLaren

A satisfação com o circuito de Monza, no entanto, não se estendeu para as demais equipes do grid. Para a McLaren, que emplacou a dobradinha Piastri e Norris, na ponta do grid de largada e terminou na 2ª e na 3ª posições, respectivamente, sobrou frustração. A equipe, que conta com os carros mais rápidos do grid, foi derrotada pela estratégia da Ferrari.

“Estou muito feliz com a corrida que fiz, mas chegar em segundo não é tão bom. Infelizmente para nós, não foi a estratégia boa.…”, afirmou Oscar Piastri, que terminou a corrida atrás de Charles Leclerc por mais de 5 segundos.

Para Lando Norris, que conquistou a pole no sábado e largou em primeiro, o mérito é da estratégia da equipe italiana, que contornou a superioridade técnica da McLaren:

“A Ferrari fez uma corrida melhor, principalmente com Charles Leclerc. Parabéns para ele. Nós consideramos fazer uma parada, mas não era possível. A gente sabia que seria muito apertado. Estamos desapontados, mas a Ferrari fez uma corrida melhor…”, parabenizou.

Verstappen com carro ruim 

Max Verstappen foi direto na sua avaliação sobre o desempenho do seu carro no circuito de Monza. O piloto da Red Bull Racing terminou a corrida na 6ª posição. Primeiro colocado no campeonato de pilotos e favorito ao título de 2024, Verstappen não vence uma corrida desde 23 de junho, no GP da Espanha.

Questionado sobre o trabalho a ser feito para melhorar os resultados, o holandês afirmou:

“Sim, [o carro] está muito ruim no momento. E antes de Baku, temos muito trabalho a fazer para…basicamente mudar o carro inteiro”, disse em coletiva.

Próxima prova 

A próxima corrida é o Grande Prêmio do Azerbaijão, daqui a duas semanas, entre os dias 13 e 15 de setembro.

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