Gabigol encerra sua passagem pelo Flamengo neste domingo (8), em partida contra o Vitória, às 16h, no Maracanã. A despedida marca o fim de um ciclo intenso, repleto de títulos, mas também de polêmicas e desafios, especialmente em 2024, com sua relação conturbada com o ex-técnico Tite e a diretoria.
Em depoimento para a série “Até o Fim”, que revela os bastidores do clube, Gabigol confirmou os desentendimentos com o treinador durante a breve passagem de Tite pelo Flamengo. “Eu tive um ano praticamente que não joguei, um ano muito difícil para mim. A questão do doping, a questão de um treinador também, que não contava comigo”, declarou o atacante.
Gabigol relatou como a falta de espaço no time, somada ao histórico de atritos com Tite na seleção brasileira, afetou sua rotina. “Tiveram vários treinos que foram difíceis para mim. Vários jogos que entrei faltando cinco minutos, dez minutos. Isso foi me corroendo por dentro”, desabafou.
Apesar das dificuldades, o atacante teve um momento de redenção na final da Copa do Brasil, quando marcou dois gols decisivos contra o Atlético Mineiro e garantiu mais um título ao Flamengo. “Não são só os dois gols, são as coisas que sofri antes para chegar até ali”, disse Gabigol, emocionado ao relembrar o feito.
Após a saída de Tite, Filipe Luís assumiu o comando do time, mas nem mesmo a proximidade com o novo técnico evitou que Gabigol fosse afastado por questões disciplinares pela diretoria. A temporada, que terminou com números modestos para o atacante – 37 jogos e apenas sete gols –, será encerrada oficialmente no domingo, quando a torcida rubro-negra terá a chance de homenagear o ídolo.
O jogo contra o Vitória será uma oportunidade para os torcedores se despedirem de um dos jogadores mais emblemáticos da história recente do clube. Ícone de conquistas como a Libertadores de 2019, Gabigol deixa o Flamengo como um dos maiores artilheiros e personagens marcantes de sua geração.