Destaque no triunfo do Flamengo sobre o Audax na última quinta-feira (10), Gabigol concedeu entrevista à Fla TV na tarde desta sexta. Durante o papo, o atacante aproveitou para rasgar elogios a Paulo Sousa, que foi criticado e ouviu gritos de “burro” por parte da torcida. Para o camisa 9, os torcedores precisam ter paciência com o novo técnico neste início de trabalho.
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– Estou muito feliz, fazia tempo que eu não aprendia tanta coisa assim em tão pouco tempo. Creio eu que ele tem mais coisas para ensinar e mais coisas para passar de novo. É preciso paciência não só com ele, mas também com a gente por causa dessas mudanças que vêm acontecendo. Mas tenho certeza absoluta que vai ser um ano especial para o Flamengo. Estamos muito felizes com ele e espero que ele fique muito tempo no Flamengo porque realmente tem sido um início maravilhoso. – disse Gabigol.
Gabi ainda disse que compreende a cobrança da torcida, mas focou na necessidade de dar tempo para o português trabalhar e vê a união essencial para um Flamengo “imbatível”.
– E é óbvio: eles também têm o direito de reclamar, de ficar bravos mas, creio eu, que se a gente conseguir fazer essa sintonia de time e torcida, que domingo o estádio esteja lotado para apoiar a gente, para apoiar o Mister, para ajudar a gente. Sempre tenho essa mania de falar “todo mundo junto”, porque eu acho que todo mundo junto, o Flamengo é realmente imbatível. E quando tem um pra lá e outro pra cá, fica mais complicado.
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No duelo com o Audax, Gabigol completou 150 jogos com a camisa rubro-negra, além de ter chegado ao gol de número 106. Ao lado de Lázaro, o camisa 9 comandou a vitória do Flamengo, que mesmo com os três pontos conquistados, permaneceu em quarto lugar na Taça Guanabara.
Outros trechos da entrevista:
Parceria com Pedro
– Ontem joguei com o Pedro, joguei um pouquinho mais atrás. É uma coisa não nova, mas é diferente. O Isla fez um terceiro zagueiro, e são coisas que você precisa de algum tempo para acostumar. Creio eu que estão todos muito felizes e que vai ser um ano maravilhoso para nós.
Caso de racismo no Fla-Flu
– No momento, eu ouvi quando estava descendo, mas estava tão focado no jogo que fui para o vestiário. Depois eu sabia que teria alguma imagem para provar. Não conseguimos achar quem foi, mas é uma cena muito triste, pois meus pais estavam lá, meus amigos. É algo que não é viável, não tem tamanho para quem faz isso. Fiz isso e faço porque posso representar muitas pessoas que passam por isso e não vemos. Ter isso como exemplo, uma voz ativa, é importante. – disse o artilheiro, que completou:
– Espero que as devidas medidas sejam tomadas. Vi que o Flamengo está se posicionando, o Fluminense tem ajudado. Recebi a mensagem do Vasco. Não é só futebol, todos devemos entender que isso não deve existir. Fiquei feliz pelo gol de ontem e comemorar dessa forma.
Gabigol capitão
– Por incrível que pareça, eu acho que era o mais velho em campo ontem, com 150 jogos e no meu terceiro ano. As coisas vêm acontecendo naturalmente, sei que esse momento de ser o primeiro capitão da equipe vai chegar. É uma honra de poder representar não só os jogadores, mas a torcida em geral. Espero que aconteça mais vezes.
Supercopa do Brasil
– Acho que a gente vem pensando jogo a jogo. Eu acho que assim é melhor, tendo um objetivo claro que é o jogo de domingo, podendo melhorar, poder aumentar a média de gols, não tomar gol, colocar coisas novas que a gente vem treinando para esse jogo e depois pensar na final, mas é óbvio que é uma final muito grande, contra uma grande equipe. Vai ser numa cidade que tem muitos flamenguistas, e isso é muito importante para a gente o apoio deles. Então é pensar jogo a jogo que é melhor.
