Botafogo
Gol no início, falhas individuais e falta de preparo: o que estragou a festa do Botafogo na estreia do Brasileirão
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Com grandes expectativas para a volta do Botafogo a primeira divisão, a torcida alvinegra lotou o estádio Nilton Santos para a estreia do Campeonato Brasileiro, contra o Corinthians. Uma grande festa foi feita, mas não estava nos planos do time de Vitor Pereira, Willian e companhia participar dela e derrotar o Glorioso por 3 a 1.
Os motivos que levaram o torcedor botafoguense a colocar tanta expectativa nesse duelo vem de fora de campo. Reforços, promessas de John Textor… É possível dizer que o que alimenta a paixão do torcedor do Botafogo, hoje, é a esperança. Esperança do time começar a jogar bem, do time voltar a disputar grandes coisas, mas nada ainda concreto. O que se tem de concreto, ainda é muito embrionário.
+ Luís Castro gosta da segunda etapa mas avisa: “Precisamos ter pressa para acertar”
O Botafogo até começou bem, Erison poderia abrir o placar após driblar Cássio e sair sem goleiro, mas perdeu o tempo de bola. Aos 17 minutos, apareceu o grande nome do jogo: Willian. Desde quando chegou ao Timão, o craque não vinha tendo grandes atuações, mas no último domingo resolveu dar as caras. Fez grande jogada pela esquerda e achou Paulinho, 1×0. Aos 26, Mantuan ampliou de cabeça após bate-rebate. Neste momento, o Botafogo já se via perdido.
A torcida lota o estádio, jogadores, comissão, torcedores, todos tinham uma grande ansiedade para esta partida e, com menos de 30 minutos, o Bota já perdia de dois. Jonathan Silva começou a ser vaiado, jogadores que nunca jogaram uma Série A de Brasileirão nitidamente sentindo o momento, e quem estava a beira do campo para comandar o time era um preparador físico, já que o treinador português, Luís Castro, recém-chegado ao Brasil, ainda não tem seu visto de trabalho e não pôde estar à frente da equipe.
A saída de bola era um grande problema. Pela esquerda, o Jonathan estava mal, pelo meio, Patrick de Paula e Oyama também fizeram um jogo ruim. A única válvula de saída do alvinegro era pelo lado direito, com Saravia, que estava sem apoio para atacar e para defender, já que quem estava lhe fazendo companhia daquele lado era Chay, que é meia de origem e não rende pelo lado direito. Para o azar de Saravia, quem jogou nas suas costas foi o inspirado Willian, que mais uma vez, aprontou por ali. Grande jogada pela ponta, toque para trás, e 3 a 0 com Lucas Piton.
No segundo tempo o Botafogo melhorou, Hugo entrou bem, Chay foi para o meio campo, Diego Gonçalves entrou e diminuiu o placar com um gol de pênalti. E, Victor Sá, que foi o melhor do time, criava boas jogadas. Se não fossem gols perdidos por Matheus Nascimento, o Bota poderia até sonhar em empatar o jogo, mas aí seria realmente um sonho. Com um 3 a 0 no primeiro tempo, é difícil. O Corinthians até poupou jogadores na segunda etapa, já que tem Libertadores na terça.
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O jogo do último domingo deixou explícitas inúmeros pontos em que o Botafogo precisa melhorar, não só no quesito tático, mas no quesito mental e organizacional. Em campo, ainda um time sem identidade, o que até certo ponto é normal. Isso requer tempo. Talvez a palavra que mais possa consolar o torcedor alvinegro seja essa: “tempo”. A ideia de que é questão de tempo até esse time engrenar, mas ainda falta um bom caminho a se percorrer.