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Governo do Rio reforça desejo por protagonismo dos clubes em concessão do Maracanã e não descarta rever número mínimo de jogos

concessão Maracanã

Após lançar uma minuto do edital da para a nova concessão do Maracanã, o Governo do Estado do Rio de Janeiro realizou uma Audiência Pública, nesta quarta-feira, para debater e esclarecer alguns pontos do projeto, que deve ter o edital final lançado até abril de 2022. O Esporte News Mundo acompanhou a Audiência e traz os detalhes do que foi debatido. Um dos pontos mais questionados e que já vinha levantando debates antes mesmo do evento desta tarde é o número mínimo de 70 jogos por ano. Em entrevista, o secretário da Casa Civil, Nicola Miccione, reforçou a ideia desta quantidade de partidas, mas já revelou que podem fazer ajustes.

– 70 jogos é o número necessário nos estudos realizados que garante uma viabilidade econômica e financeira para a manutenção do estádio. O estádio demanda valores expressivos de manutenção anual. Isso não significa que, na prática, havendo a necessidade de um número menor de jogos, seja por questões de não participação de algum clube numa competição, esse número seja menor e o gestor busque receitas complementares a realização de jogos. Obviamente que o número de 70 é um ponto a ser discutido. Outras concessões de estádios no Brasil falam em um número de 60 a 66. Podemos sim fazer ajustes, sempre dentro de uma lógica financeira, da viabilidade do estádio – afirmou Miccione.

Audiência Pública aconteceu em auditório do Palácio Guanabara (Foto: Gabriel Rodrigues/Esporte News Mundo)

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Outro ponto reforçado durante a Audiência Pública é o desejo do governo do estado de transformar os clubes do Rio em protagonistas da concessão. Empresas privadas e outros tipos de organizações não estão impedidas de participar do consórcio, mas a ideia do número mínimo de jogos já impõe ao consórcio vencedor a necessidade da presença de clubes na parceria.

– É muito importante evitarmos os problema da concessão anterior e de outras no Brasil que não deram certo. Um gestor que depois vai conversar com os clubes. Se a gente olhar o histórico verifica que a relação sempre é muito ruim para os clubes. Nesse modelo a gente traz os clubes como protagonistas para que as regras estejam previamente discutidas com o gestor ou o consórcio vencedor, de modo que tenhamos um ano de atividades de futebol sem que jogo a jogo tenha uma discussão entre gestor e clubes. A premissa básica é que o Maracanã tenha o protagonismo dos clubes de futebol do Rio de Janeiro, com número mínimo de partidas ao longo do ano. Importância de ter os clubes do estado do Rio de Janeiro realizando suas partidas no Maracanã – afirmou o secretário.

Cronograma

Depois da primeira Audiência Pública, o Governo do Estado fará ajustes no primeiro edital, que deverá ser lançado no começo de 2022. Então, os interessados em participar da concessão poderão avaliar o Maracanã e o Maracanãzinho, para, só então, o edital definitivo ser lançado. Miccione falou sobre esse cronograma e como o estádio será gerido até o final do edital.

– Seguiremos conversando com os principais clubes do Rio de Janeiro, Flamengo, Fluminense, Vasco e Botafogo. A previsão é que lancemos o edital com ajustes, sugestões, críticas incorporadas e aperfeiçoadas no começo de 2022, a expectativa para janeiro. Será um tempo necessário para os eventuais competidores possam avaliar as condições técnicas dos dois equipamentos, Maracanã e Maracanãzinho. E, muito provavelmente, em abril ou maio devemos ter o edital definitivo. Até lá, o estádio será gerido na lógica da TPU, que deverá ser renovada até a efetiva conclusão do processo, que já inicia agora.

Sem preço popular

Ainda em entrevista, o secretário Miccione descartou a possibilidade do governo exigir, no edital, que a futura concessionária do estádio tenha ingressos a preços populares nos jogos.

– A gestão da utilização dos ingressos é da empresa, do Consórcio vencedor. O Estado não incluiu nenhuma exigência da volta da geral ou exigência de preços populares, isso é uma dinâmica de mercado. O Estado não pode interferir numa situação como essa – finalizou o secretário.

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