No lançamento de seu documentário gravado pela Disney+ nesta quinta-feira, Gustavo Kuerten se mostrou otimista com o futuro do tênis brasileiro e fez grandes elogios para João Fonseca, jovem que recentemente completou 18 anos.
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Bia Haddad também foi citada como um dos pilares do crescimento do tênis nacional: “Vejo que estamos em um momento bem agradável do tênis com a Bia Haddad reluzindo e vindo um menino como o João Fonseca que é uma tendência de sucesso enorme, dos mais precoces existentes da história do tênis, nunca teve algo tão fantástico para criar perspectivas”, disse o catarinense tricampeão de Roland Garros que comentou sobre o processo de renovação de talentos do tênis nacional e futuros grandes jogadores como em sua época no final dos anos 90, começo dos anos 2000.
“Ao mesmo tempo nosso papel é tentar ser generoso para colher pois são poucos que temos. É difícil imaginar qual seria uma nova realidade, moldar pontos específicos, ter uma solução pronta pois requer muito trabalho, é um projeto difícil, pertinente a muitos esportes do Brasil. Sempre teremos e existe uma capacidade de crescimento. Vivemos um momento de melhor ilusão, mais palpável para quem sabe uma nova história dessa aí, uma empolgação nacional consiga dar uma girada. Quando se tem ciclos montados de uma próxima geração vindo três ou quatro jogadores, cria uma engrenagem suficiente. Tênis é complexo, é preciso investir bastante, na decisão leva pessoas a optarem por outros caminhos. Já foi muito mais afunilador. Cenário já é muito melhor do que convivemos, mas pelo nível de dificuldade, de gabarito, sempre estamos correndo atrás que algo que no mundo inteiro é acelerado por isso vejo que é uma tarefa árdua para tentar resolver”.
Guga foi questionado se o Brasil estaria melhor preparado para um novo número 1 do mundo no momento atual: “Brasil está mais preparado até mesmo porque já tivemos um episódios, as informações mais escancaradas e temos um trabalho bem melhor na CBT que já mapeou, tem indícios, agentes fazendo bons trabalhos, um catalisador pode dar uma velocidade de ruptura, construindo duas ou três gerações de sucesso, como a Espanha, na Itália onde passaram ao invés de 60, 80, passaram a ter 10 do mundo. Se vier uma referência, atletas tragam essa punjância. A Bia já é, no feminino vai aparecer na próxima, temos meninas novinhas, vão aparecer, jogando muito bem, encorajadas para ir ao circuito. Tendo essa frequência é mais natural. Ter a referência do surfe, além do vôlei para observar o que tem por aí e ser usado a favor do tênis”.
O documentário irá ao ar em cinco episódios a partir do dia 10 . Nos dois primeiros episódios há depoimentos de Márcio Carlsson, Fernando Meligeni, Rafael Nadal, Marat Safin e Yevgeny Kafelnikov.