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Gui Novaes pede mais políticas voltadas ao esporte no Brasil 

Gui Novaes, técnico do Itambé Minas
Foto: Divulgação

A uma vitória da semifinal da Superliga Masculina, paulista comanda o Minas nesta quinta-feira (4), às 21h, contra o Guarulhos, e busca se consolidar na nova geração de técnicos brasileiros

O olhar criterioso de Gui Novaes já impactou a trajetória de grandes talentos do vôlei brasileiro. Técnico do Minas, que enfrenta o Vedacit Guarulhos nesta quinta-feira (4), às 21h, na Arena Minas UniBH, em Belo Horizonte, precisando de uma vitória para avançar à semifinal da Superliga Masculina, o paulista de 36 anos se destaca em uma nova geração de técnicos que encaram o desafio de dar continuidade ao legado de conquistas de uma das modalidades mais vitoriosas do país. 

Ao mesmo tempo em que busca alcançar resultados de expressão na elite do vôlei nacional, Gui Novaes segue empenhado em ver jovens talentos conquistarem espaço, como fizeram os ponteiros Paulo, de 22 anos, e Marcus Coelho, de 23, que hoje estão entre os destaques da equipe de Belo Horizonte. 

O treinador aponta desafios do processo de descoberta de novos talentos no Brasil. Ele acredita que o país precisa se empenhar na construção de uma política esportiva nacional e valorizar os profissionais que atuam nos primeiros anos de contato dos jovens com o esporte.

“Tive a honra de fazer parte da formação de muitos atletas que hoje se destacam em clubes e nas Seleções. O Brasil é um país continental e tem muitos jovens com grande potencial físico. Enxergo que precisamos de uma política voltada para o esporte, para valorizar os profissionais que descobrem e são os responsáveis pelos primeiros passos das crianças no voleibol. São eles que vão fazer com que os jovens se apaixonem pela modalidade”, disse Gui Novaes, em entrevista ao Team GM, responsável pelo agenciamento de sua carreira.

O Itambé Minas avançou aos playoffs da Superliga Bet7k masculina na quinta colocação e venceu o primeiro jogo das quartas de final por 3 sets a 1, no último domingo (31). Se o Vedacit Vôlei Guarulhos empatar a série, a definição vai para o jogo 3, na próxima terça-feira (9), às 21h, na Ponte Grande, em Guarulhos (SP).

“Estou muito feliz com a vitória no primeiro jogo das quartas de final contra Vedacit Vôlei Guarulhos. Foi uma partida muito difícil e equilibrada, a expectativa é que o confronto desta quinta-feira seja ainda mais difícil, pois se trata de um adversário qualificado. Nosso time está focado, mobilizado e confiante para deixar tudo em quadra e conquistar a tão desejada vaga na semifinal”, garante Gui Novaes.

O profissional se orgulha de feitos importantes em seu currículo, como o trabalho na comissão técnica do Sesi-SP na conquista da Superliga 2010/2011, o título sul-americano sub-21 com a Seleção Brasileira, em 2022, e o período de consolidação do Vedacit Guarulhos na elite do país. Na atual temporada, ele foi vice-campeão do Mundial de Clubes com o Itambé Minas, em Bangalore, na Índia.

A jornada da descoberta de talentos, passando pelo desenvolvimento nas categorias de base até a chegada ao alto rendimento, é um caminho árduo. Por isso, Gui Novaes entende que os resultados dependem da integração entre os profissionais envolvidos em cada etapa e da sabedoria em explorar as características do atleta.

“O técnico que trabalha com a base precisa ser um entusiasta e apaixonado pelo que faz. Ele deve transmitir conhecimentos que vão além das quadras. Para o sucesso como técnico, de base ou alto rendimento, considero fundamental um olhar individualizado, buscando extrair o melhor de cada atleta e, como consequência, potencializar ao máximo sua equipe”, avalia o treinador.

Do sonho de atleta à realização como treinador

Natural de Osasco (SP), Gui Novaes tem Bernardinho e José Roberto Guimarães como inspirações, além de Nery Tambeiro e Pedro Uehara, o Peu, como referências. No passado, ainda jovem, ele se mudou para Joinville (SC) para defender a equipe infanto da cidade. Foi lá onde deu os primeiros passos como técnico, com apenas 19 anos.

“Iniciei minha carreira bem jovem, em um projeto social em Joinville. Percebi que não teria tanto sucesso como atleta e optei por parar de jogar. Estudei muito para realizar todos os sonhos que tinha”, conta Gui Novaes. 

Já na elite do vôlei brasileiro, o paulista passou por Sesi-SP, Juiz de Fora e Minas como auxiliar técnico antes de, na temporada 2020/2021, receber a primeira oportunidade como treinador principal, no Vedacit Guarulhos, onde fez campanhas de destaque na Superliga.

“Sempre fui um caçador de oportunidades. Passei por diversas funções antes de me tornar técnico. Já fui professor de escolinha, braceiro, analista de desempenho e assistente técnico. Todas essas experiências foram fundamentais no meu processo de desenvolvimento”, celebra o treinador.

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