O que faltou de emoção durante mais da metade do GP dos Estados Unidos sobrou nas últimas 20 voltas. Neste domingo, 23, a Red Bull coroou o grande ano ao se sobressair com Max Verstappen vencendo novamente Hamilton, se livrar de grande trapalhada da equipe e ainda entregar o título do Mundial de Construtores aos austríacos.
A principal emoção da corrida aconteceu justamente nos primeiros minutos. Logo na largada, Verstappen atacou Sainz, assumiu a liderança da prova e o espanhol tentou buscar e retomar a ponta, mas não conseguiu. A fila logo atrás se aproximou e para evitar colidir com Hamilton pela direita, o piloto da Ferrari voltou para o meio, mas bateu em Russell e rodou na pista.
Mesmo sem tanta culpa, Russell acabou sendo punido por cinco segundos, mas se manteve na parte de cima da tabela. O principal problema é que com Leclerc e Perez bem atrás após as punições do fim de semana, Verstappen sempre esteve muito tranquilo na liderança. Seguido por Hamilton em segundo, o holandês chegou a abrir mais de cinco segundos e comandou com tranquilidade durante toda a etapa.
A partir da 12ª volta, os pilotos começaram a parar para as primeiras trocas de pneus, Russell cumpriu sua punição e os pilotos continuaram em busca de tentar crescer na pista. Próximo da 20ª volta, Valtteri Bottas perdeu a traseira do carro e acabou rodando na pista e parando na brita. Com o safety car em ação, Leclerc se deu bem na troca de pneus para não perder tempo e todo o pitlane ficou muito próximo novamente.
Após duas voltas, a bandeira verde enfim foi sinalizada, mas a situação era parecida com a situação anterior após a batida de Sainz. Verstappen teve tranquilidade, aproveitava da vantagem, mas nem duas voltas depois e uma nova batida e safety car. Em 14º, Alonso tentou ultrapassar Lance Stroll, o canadense se movimentou junto do espanhol e acabou recebendo a batida pela traseira do campeão mundial, que viu a dianteira da Alpine “voar” e quase causar um acidente grave.
Quatro voltas após o novo incidente, o GP dos Estados Unidos foi retomado novamente sem grandes mudanças. Com aparentemente primeiro e segundo lugares já definidos, a briga de posição ficou referente ao terceiro e quarto lugares. Mais do que isso, o vice-campeonato. Perez era o terceiro, sofreu ataque de Leclerc e segurou no primeiro momento. No entanto, logo em seguida na primeira reta disponível foi a vez do monegasco voltar a crescer e enfim assumir a frente.
Quando tudo já se encaminhava para uma nova vitória de Max Verstappen, o holandês foi para o pit stop em busca de trocar os pneus, mas a ferramenta para acoplar novamente a roda no carro não encaixou e fez com que a parada demorasse mais de 11 segundos. Com isso, o atual bicampeão viu Hamilton assumir a liderança e Leclerc, que entrou depois nos boxes, sair na frente e ficar em segundo. Com os pilotos da frente também parando para mudar os pneus, a briga intensa e que marcou a temporada passada voltou a ser presente mesmo que por um pequeno instante.
Antes da volta 50, Verstappen já havia implodido qualquer distância, reduziu para menos de um segundo a desvantagem e puxou a asa aberta para cima de Hamilton. Restando seis voltas para o fim, a dupla que protagonizou a briga pelo campeonato de 2021, voltou a se encontrar nas pistas, fizeram uma grande cena pela liderança com o heptacampeão tentando fechar todas as possibilidades, mas não conseguindo manter a ponta frente ao holandês.
Com pouco tempo para o fim, a Mercedes de Hamilton ainda tentou se manter próximo com menos de um segundo, mas não conseguiu mais ultrapassar e teve que se contentar com o segundo lugar. Do outro lado, Verstappen segurou firme e forte para coroar mais uma grande vitória na Fórmula 1.
A vitória coloca Max Verstappen com 391 pontos, seguido de Charles Leclerc com 267 e Sergio Perez com 265. A Red Bull consagrou o título com 656 pontos, na frente de Ferrari com 469 e Mercedes com 415. A próxima corrida acontece no domingo, 30, no Grande Prêmio do México.
