Basquete

Hawks vencem o Heat e passam para os Playoffs

Divulgação: @atlhawks

No duelo da última terça (11) os Hawks viajaram até Miami para enfrentar o Heat. Os visitantes eram um time que até o inicio da temporada se mostrava um ‘contender’ e acabou decepcionando na temporada regular.

O Heat que ostentava a segunda melhor defesa da liga, chegava cheio de desafios para superar. Fora o excelente time de Atlanta, ainda tinha que se sobressair com um banco fraco e envelhecido, uma dificuldade absurda no jogo de perímetro, e um jogo ofensivo ineficiente.

Buscando um melhor espaçamento de quadra, Erik Spoelstra entrou com três armadores e apenas Adebayo no garrafão, uma estrategia ousada porém muito ineficiente, visto que esse movimento piorou o índice defensivo de Miami, não melhorou a qualidade e o volume dos arremessos de quadra e foi dominado por um Hawks bem postado defensivamente.

Forçando muitas jogadas de isolation com Jimmy Butler, o ataque da equipe da Flórida foi facilmente anulado por uma surpreendentemente bem ajustada defesa de Atlanta, que no jogo ofensivo tinha um playbook bem mais variado, espaçava bem a quadra e girava melhor a bola.

A dupla de armadores que decepcionou na temporada regular, encaixou bem nesse jogo. Com seus papéis bem definidos, Trae Young virou a cabeça pensante do time, distribuindo bem a bola, atacando bem a cesta, e sendo brilhante em situações de um contra um. Murray por sua vez, foi um bom segundo armador. Coadjuvante de luxo, se posicionava bem pelos lados da quadra, apenas esperando uma chance para ‘matar’ algumas bolas de três pontos.

Perdido em quadra, o Heat apelou para as faltas para “tranquilizar” seu jogo. a estratégia não funcionou, e só serviu para pilhar os jogadores de Atlanta, que responderam na mesma moeda e acabaram truncando excessivamente o jogo.

Quando as segundas unidades de ambas as equipes se postaram em quadra, o dominio de Atlanta se estabeleceu ainda mais. Inteligentemente mudando seu estilo de jogo, os Hawks partiram para as infiltrações, deixando apenas Sadiq Bey no corner para matar uma eventual bola de três pontos.

Os reservas do Heat, com exceção de Kyle Lowry, estavam absolutamente perdidos em quadra. Marcando mal, e sendo extremamente ineficientes na linha de três, foram apenas figuração para o baile da equipe da Geórgia.

O segundo quarto começou nada animador para Miami. Com muitos turnovers, Atlanta acertando todos os contra-ataques, e um Bam Adebayo anulado em quadra, o cenário era de um amplo controle da equipe visitante.

Com boas transições, alternativas de jogo, e vários atletas inspirados, os Hawks faziam mais um quarto avassalador, enquanto o Heat ainda se via num jogo defensivo desajustado, seu melhor pivô inexistente na partida, e dependente de momentos geniais de Kyle Lowry, restava para os donos da casa, apenas esperar o intervalo da partida para corrigir tudo o que deu errado.

Com uma diferença de 15 pontos, um Hawks soberano em todo o jogo, Adebayo desligado do jogo, o Heat ia para o intervalo moralmente eliminado, e nem o grande “show” de Kyle Lowry aparentava ter força para mudar o panorama, mas, a preleção de Spoelstra surtiu efeito, e o time entrou no terceiro quarto com outra postura.

Ensaiando uma reação, Tyler Herro foi realmente um ‘herói’ e deu sobrevida para Miami, que iniciou a terceira etapa voando, deixando inclusive a defesa de Atlanta perdida. Aproveitando o “blackout” do time da Geórgia, o Heat voltou com outra postura. Mais coeso, com uma melhor e mais inteligente defesa e um bom arremesso de perímetro vindo de Herro, e contando com Capela e Young errando lances livres cruciais, a vantagem dos Hawks tinha sido pulverizada.

Pena que o gás dos donos da casa só foi suficiente para meio período. Do meio para o fim do terceiro quarto, Atlanta retornou a partida, contou com uma queda de rendimento e físico abissal de Miami, e com seu playbook bem mais recheado recolocou sua vantagem no placar.

No último e derradeiro período, o roteiro foi quase igual. Lowry retornando ao jogo, Herro matando bolas de três, ataques fulminantes de Miami, Atlanta andando em quadra e do meio para o final um Heat lento e cansado, sem clutch, e um Hawks bem em rebotes e matando as chances necessárias. Placar final 105×116.

Acertando os problemas pré jogo, um time coeso e consistente, com qualidade suficiente para ter matado o jogo no primeiro tempo e classificar quase que sem nenhum susto, o Atlanta Hawks carimba merecidamente sua seed 2, indo encarar o poderoso Boston Celtics. Enquanto um Miami Heat envelhecido, sem clutch time, lento e bastante preguiçoso, foi destruído em casa, e enfrenta o vencedor de Toronto Raptors e Chicago Bulls com o alerta ligado.

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